Durante entrevista cedida nesta quarta-feira (26/06), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o presidente argentino Javier Milei precisa pedir desculpas a ele e a o Brasil.
Sobre uma reunião com Javier Milei, Lula afirmou “eu não conversei com o presidente da Argentina porque eu acho que ele tem que pedir desculpas ao Brasil e a mim”.
O presidente Lula não revelou qual falas exatamente o presidente argentino Javier Milei deve pedir desculpas, mas comentou sobre as negociações para a extradição de 180 brasileiros envolvidos no 8 de janeiro de 2023 e que estão na Argentina.
Brasileiros foragidos do 8 de janeiro
No começo de junho, a Polícia Federal fez uma operação para efetuar mandados de prisão contra pessoas que estão sob investigação por estar envolvido na invasão a praça dos Três Poderes. Essa operação mirou também pessoas que estão foragidas ou que não estavam cumprindo medidas cautelares aplicada pelo Supremo Tribunal Federal.
Vários investigados na invasão do 8 de janeiro romperam a tornozeleira eletrônica e foram para países vizinhos como a Argentina. No último dia 20, o governo argentino enviou ao Brasil uma lista com os brasileiros que cumpriam medidas cautelares e estão foragidos e vivendo no país.
Para efetuar a extradição desses brasileiros será preciso um pedido formal na justiça e terá que ter liderado pelo ministro da justiça e segurança pública, Ricardo Lewandowski, o Itamaraty vai ter o papel de auxiliar no processo e administrar os documentos do processo.
A relação entre Milei e Lula
Ambos os presidentes sempre trocaram críticas um com o outro, isso inclusive marcou muito na campanha de Milei na Argentina. Podemos citar alguns exemplos, em 8 de novembro de 2023 Javier Milei afirmou que “Lula é comunista e um grande corrupto”, está fala inclusive aconteceu quando Milei ainda era candidato à presidência.
Lula em um programa do governo, “Conversa com Presidente”, que foi ao ar em 14 de novembro do ano passado, declarou que a Argentina precisava de um presidente que “goste de democracia” e “respeite as instituições”.
Em dezembro do ano passado, o presidente Lula decidiu não ir a posse do presidente argentino e enviou como representante brasileiro o Chanceler, Mauro Vieira.