Espanha divulgou neste sábado (30), a morte da segunda pessoa infectada pela varíola dos macacos (monkeypox) do país. A primeira foi anunciada na sexta-feira (29).
De acordo com a imprensa, as mortes estão sendo investigadas para determinar se a causa foi realmente a varíola dos macacos. O jornal ‘El País’ investigou e descobriu que os dois pacientes haviam desenvolvido uma inflamação no cérebro (encefalite) após contrair a doença.
Segundo o C entro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias, a Espanha tinha até então 4.298 casos confirmados da doença sendo o maior número fora da África.
Algumas características dos pacientes afetados na Espanha:
- As idades variam de 10 meses a 88 anos
- 081 ocorreram em homens e 64 em mulheres
- 120 pessoas precisaram ser hospitalizadas
- 135 pacientes tiveram complicações sendo as mais frequentes: infecções bacterianas secundárias e úlceras bucais
- 458 dos 4.148 pacientes são de homens que fazem sexo com homens
- 82% das infecções ocorreram por contato próximo no contexto da relação sexual e outros 10,5% ocorreram por contato próximo não sexual.
A Europa concentra mais de 70% dos casos fora da África, sendo a Espanha o primeiro país europeu a ter óbitos pela varíola dos macacos.
O Brasil também confirmou a primeira morte no país pela doença na sexta-feira (29). O mundo já obtém três mortes confirmadas fora do continente africano e 5 na África.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou a varíola dos macacos como emergência global no sábado (23).
A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus monkeypox. A doença costuma causar os sintomas inicias como febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios inchados, calafrios e exaustão. Dentro de 1 a 3 dias, ou mais, depois da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, começando no rosto e depois se alastrando por outras partes do corpo.
Ilustração da varíola dos macacos (Foto/Reprodução/Noticias UOL)
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a taxa de letalidade da varíola dos macacos foi cerca de 3% a 6% para a varíola humana maior, erradicada em 1980, que chegava a cerca de 30%.
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, matérias contaminados e gotículas respiratórias, independente da orientação sexual de quem estão infectados.
Foto Destaque: eupções cutâneas causadas pela varíola dos macacos. Reprodução/Noticias UOL.