Estudo da Unicamp revela riscos dos produtos falsos naturais

Carlos Enriki Por Carlos Enriki
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Homem usando medicamentos (Foto: Reprodução/Kseniya Ovchinnikova/Getty Images Embed)

Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostrou um grave problema de saúde pública ao revelar a presença de substâncias controladas em produtos vendidos como fitoterápicos na internet. Pesquisadores do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) da Unicamp realizaram análises a partir da composição de cápsulas comercializadas na internet, com a promessa de perda de peso.

Substâncias controladas encontradas na composição

José Luiz da Costa, coordenador do Ciatox, revelou que foram identificadas três substâncias nesses medicamentos: como sibutramina, bupropiona e fluoxetina. Cada uma delas vai agir de uma forma no corpo, a sibutramina, por exemplo, inibirá o apetite; a bupropiona é prescrita para quem deseja parar de fumar; e a fluoxetina é para o tratamento de depressão. Cada um desses compostos é controlado e só deve ser vendido sob retenção de receitas médicas.

A presença dessas substâncias nesses produtos pode causar dependência e outros problemas de saúde. José Luiz destacou que tais produtos não são verdadeiros fitoterápicos, mas sim produtos adulterados e que estão sendo comercializados de forma fraudulenta.


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Mulher se pesando (Foto: Reprodução/Kseniya Ovchinnikova/Getty Images Embed)


Fitoterápicos podem ser vendidos sob prescrição médica

Maria Angélica Fiut, presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia, informou que existe fitoterápicos indicados exclusivamente para a perda de peso e reforçou que apenas profissionais de saúde podem prescrever estes medicamentos, mesmo que sejam naturais.

Maria enfatizou que a fitoterapia pode ser segura e eficaz, se usada de forma correta. Contudo deve-se avaliar caso a caso, especialmente se combinada com outros medicamentos.

A venda desses medicamentos deve estar sujeita as regras de comercialização impostas pela Anvisa e, somente estabelecimentos autorizados podem realizar a comercialização destes produtos pela internet. Ou seja, para visar a proteção da saúde dos consumidores, é proibido vendê-los por meio de redes sociais ou em shoppings virtuais. Assim, se torna possível garantir a segurança dos produtos disponíveis no mercado.

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