Casos de coqueluche têm aumento significativo no Brasil e no mundo

Nathália de Melo Por Nathália de Melo
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Foto destaque: O aumento de coqueluche no Brasil (Reprodução/Freepik)

A coqueluche, doença infecciosa e altamente transmissível, está registrando um aumento significativo de casos em diversas partes do mundo, incluindo no Brasil. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores, como a diminuição da imunização devido à hesitação em vacinar crianças, levantando preocupações sobre a saúde pública e as medidas necessárias para conter a propagação da doença

O que é a coqueluche?

A coqueluche, também conhecida como tosse convulsa, é uma doença infecciosa altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ela afeta principalmente o sistema respiratório, causando tosse intensa e prolongada, muitas vezes acompanhada por um som característico de “guincho” ao respirar depois de tossir.


Altamente infeciosa a coqueluche pode ser bastante perigosa (Foto: reprodução/freepik)

Os sintomas da coqueluche geralmente progridem ao longo de três estágios distintos:

  1. Estágio Catarral: Este estágio inicial pode se assemelhar a um resfriado comum, com sintomas como coriza, espirros, febre leve e tosse ocasional.
  2. Estágio Paroxístico: Neste estágio, a tosse torna-se mais intensa e frequente. A tosse pode ser tão severa que leva à dificuldade para respirar, vômitos pós-tosse e um som característico de “guincho” ao tentar inspirar após uma série de tosses.
  3. Estágio de Convalescença: À medida que a doença se resolve, a intensidade e a frequência da tosse diminuem gradualmente, mas pode levar semanas ou até meses para que a tosse desapareça completamente.

Além dos estágios, outros sintomas comuns incluem:

  • Fadiga intensa
  • Aumento da produção de muco
  • Aumento da sensibilidade respiratória
  • Cianose (coloração azulada da pele devido à falta de oxigênio)
  • Complicações como pneumonia, convulsões e lesões cerebrais podem ocorrer em casos mais graves, especialmente em bebês e crianças pequenas.

É fundamental buscar orientação médica se houver suspeita de coqueluche, especialmente em crianças pequenas, para diagnóstico precoce, tratamento adequado e prevenção de complicações graves.


Vacinação é a melhor prevenção (Foto: reprodução/freepik)

A importância da vacinação

A vacinação contra coqueluche desempenha um papel crucial na proteção contra esta doença altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. No Brasil, as campanhas de vacinação são fundamentais para proteger crianças e adolescentes contra a coqueluche.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra a coqueluche é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças menores de um ano de idade, com doses de reforço durante a infância e adolescência. Além disso, adultos que estão em contato próximo com bebês não vacinados também são incentivados a manter sua imunização atualizada para reduzir o risco de transmissão.

A vacinação não apenas protege os indivíduos, mas também ajuda a criar uma barreira de proteção na comunidade, através da imunidade de rebanho. Isso é crucial para diminuir a disseminação da doença e prevenir surtos em larga escala. Além disso, a vacinação contra coqueluche contribui significativamente para a saúde pública, reduzindo o número de casos graves, hospitalizações e complicações decorrentes da doença.

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