Leptospirose após cheias: Rio Grande do sul confirma 25 mortes

Vanessa Lopes Por Vanessa Lopes
3 min de leitura
Foto destaque: A Secretaria Estadual da Saúde (SES) faz balanço de casos de Laptosprose no RS e confirma 25 mortes (Reprodução/Pixabay)

Meses depois das enchentes, o estado brasileiro registra casos de leptospirose e 25 mortes causadas. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) mostra que, para além das 25 mortes confirmadas da doença, existe o balanço com 6.520 casos notificados, 3.811 em investigação e seis mortes ainda não confirmadas. O cenário começou a ser confirmado em abril deste ano, no RS, por especialistas do Laboratório Central (Lacen). O método aplicado é o diagnóstico de biologia molecular (RT-PCR) para suspeitos de até sete dias com sintomas, e diagnóstico sorológico, um detector de anticorpos no paciente após os sete dias.

Entenda

A Leptospirose é uma doença infecciosa febril causada pela Leptospira interrogans. Ela é transmitida pela exposição direta à urina de animais (no geral, ratos) infectados.


Leptosprose é transmitida por água contaminada pela urina de roedores. Intensas chuvas e enxurradas agravam casos no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Jacques Julien/getty images embed)


Em situação de enchentes e inundações, a urina desses animais, presentes em esgotos e bueiros, se integra às enxurradas das chuvas e lamas. O contato humano com a água contaminada leva ao contágio, isso porque a bactéria penetra a pele ou a mucosa. Os sintomas surgem de cinco a 14 dias após a contaminação, porém, podem se estender a 30.

Embora a doença apresente um quadro assintomático, ela pode evoluir e causar a falência de vários órgãos do corpo humano. Segundo o Ministério da saúde, a Leptospirose apresenta uma letalidade média de 9%.

O tratamento deve ser iniciado pelo uso de antibióticos, imediatamente após a suspeita, por parte de um profissional da saúde. 

RS e as chuvas

O cenário de chuvas e cheias na região corroboram para casos oriundos de áreas em alagamento, mediante a isso, a recomendação da Secretaria de Saúde é fazer a desinfecção de todo o ambiente, com água sanitária. A proporção recomendada é de um copo de hipoclorito de sódio para um balde de 20 litros de água.


Acionar o serviço de dedetização de ratos é também uma medida de contenção, visto que, o animal é um caso de saúde pública, pois ele é capaz de transmitir mais de 50 doenças (Foto: reprodução/Sbenitez/getty images embed)


Outras medidas preventivas devem ser adotadas, como: manter os alimentos em locais arejados e fechados; manter a cozinha limpa e sem resíduos de alimentos; retirar ou guardar as sobras de alimentos; e manter os quintais limpos e sem entulhos. 

Redatora do Site In Magazine (IG) Graduada pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) Especialista em Ciências Políticas pela FACULESTE
Deixe um comentário

Deixe um comentário