Testosterona é capaz de aflorar sentimentos amigáveis, segundo estudo em animais

Bruno Gama Por Bruno Gama
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A pesquisa feita com animais mostrou que o hormônio da testosterona pode promover comportamento amigável, além da agressividade em machos. O estudo foi conduzido por neurocientistas da Emory University, nos Estados Unidos, e publicado no Proceedings of The Royal Society B.

Para a professora-assistente de psicologia da Emory e pioneira no estudo, Aubrey Kelly, é possível promover diretamente o comportamento não sexual e sociável por meio da testosterona no mesmo indivíduo.

A testosterona é capaz de influenciar a atividade neural das células de oxitocina, conhecidas como “células do amor’’, que é associada ao vínculo social. O estudo busca esclarecer como os hormônios funcionam no cérebro para permitir a mudança de comportamento de um animal em certos contextos.

A equipe responsável pela pesquisa se dividiu em dois grupos de testes: o primeiro estudou os efeitos da ocitocina em roedores e o segundo estudou os efeitos neurais de esteroides em peixes. A maioria dos estudos feitos em humanos mostra que o hormônio testosterona aumenta o comportamento agressivo. Porém, os pesquisadores se pergutaram se era possível esse mesmo hormônio acentuar comportamentos sociáveis..

Para testar a teoria, Aubrey realizou os experimentos em gerbos da Mongólia, esses roedores são conhecidos por criarem laços duradouros com os de sua espécie. Os machos costumam demonstrar comportamento agressivo durante o acasalemento e na defesa de seu território, mas também exibem comportamento de carinho após a femêa engravidar e se mostram muito protetores com os filhotes.


Casal de gerbos da Mongólia (Foto: Reprodução/Portaldosanimais)


Os pesquisadores deram uma injeção de testosterona aos machos, na expectativa de diminuir os níveis de sociabilidade entre os roedores, porém, o que se viu, foi uma maior ‘’intensidade’’ no afeto entre os casais.

Em vez disso, ficamos surpresos que o roedor macho se tornou ainda mais fofinho e sociável com sua parceira. Ele se tornou um ‘super parceiro’”, diz Aubrey.

Mesmo sabendo que o comportamento humano é mais complexo que o de um roedor, os neurocientistas acreditam que suas descobertas serão úteis em estudos futuros com outras espécies, incluindo seres humanos.

Foto Destaque: Gerbo da Mongólia se alimentando. Reprodução/blogcobasi

 

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