Desempenho Olímpico e terapias: A real eficácia de osteopatia, crioterapia e placebos

Diego Barcellos Por Diego Barcellos
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Foto destaque: Bandeiras olímpicas (Reproduçao/depositphotoscom/rarrarorro)

Os Jogos Olímpicos exibem um alto número de terapias e produtos, como osteopatia, crioterapia com nitrogênio líquido e adesivos para dor, mesmo que a eficácia científica muitas vezes seja criticada. Embora essas práticas sejam comuns no esporte de alto nível, muitas ainda carecem de comprovação científica sólida.

O neurologista especialista em dor Didier Bouhassira afirma: “No esporte, há uma grande propaganda das medicinas alternativas, e isso gera uma alta demanda por parte dos atletas.”

Melhorar o desempenho, aliviar a dor e combater o cansaço são razões comuns em terapias alternativas entre atletas, especialmente durante os Jogos Olímpicos esse tipo de tratamento ganha mais destaque. Cada edição dos Jogos revisitam novas tendências. No Rio 2016, a técnica de terapia com ventosas, ou “cupping”, ganhou destaque quando o nadador Michael Phelps a elogiou. Apesar de ter recebido uma alta visibilidade, ela ainda carece de uma confirmação científica.


Phelps na Rio 2016 (foto: reprodução/instagram/@m_phelps00)

Alta Demanda de Gelo e Osteopatia nas olimpíadas

Durante os Jogos Olímpicos, mais de 1.500 toneladas de gelo foram solicitadas pelas federações, embora apenas 600 toneladas estejam disponíveis, um aumento significativo em relação aos Jogos de Tóquio em 2021. Apesar de os banhos de gelo mostrarem benefícios em situações específicas, como recuperação de insolação, seu uso para obter benefícios não comprovados é criticado. Além disso, a produção e preservação dessas grandes quantidades de gelo têm um impacto ambiental considerável. No entanto, a osteopatia continua sendo a terapia alternativa mais popular entre os atletas. Terapias para dores nas costas mostram benefícios clínicos mínimos

Terapias para dores nas costas mostram benefícios mínimos

Um estudo publicado em 2021 pela Jama Internal Medicine comparou a osteopatia com técnicas placebo em pacientes com dores nas costas, e concluiu que a diferença entre os tratamentos não teve um aumento significativo na melhora dos atletas. Pascale Mathieu, presidente do grêmio de cinesiologistas, afirmou que os osteopatas oferecem aos atletas principalmente “bem-estar sem propriedades curativas”.

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