Um estudo feito por pesquisadores da Universidade do Sul da California (USC) e da Universidade do Arizona, ambas nos Estados Unidos, relacionaram o hábito de assistir TV com o aumento de casos de demência em idosos.
Um fato curioso é que ler um livro ou usar o computador não aumenta o risco de desenvolvimento da doença nessa faixa etária, pois estimula a atividade cerebral, “protegendo’’ o sistema cognitivo.
A revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences divulgou as evidências do documento nesta segunda-feira (24). Foram analisados 150 mil moradores do Reino Unido com mais de 60 anos. Os dados foram coletados ao longo de 12 anos, visando entender a ligação do sedentarismo com o riscco de demência. Nenhum dos voluntários tinha o diagnóstico da doença antes do projeto.
Para os cientistas, o tipo de atividade exercida é mais importante do que o tempo gasto durante o período de lazer quando se trata de envelhecimento cerebral. Os dados mostram que as pessoas que desenvolveram demência assistiam, no mínimo, três horas e 24 minutos de TV diariamente.
Idosos são os que mais sofrem da doença (Foto: Reprodução/Pexels)
Assistir mais de quatro horas de TV por dia, como aponta o estudo, está ligado ao aumento de 20% no risco de desenvolvimento da doença, se compararmos com os que passavam menos de duas horas à frente da televisão. O uso de computador mostrou uma redução de 25% de risco em comparação a nenhum uso.
O professor David Raichlen, autor do estudo, pontua que em estudos anteriores já foi constatado que assistir televisão envolve baixos níveis de ativadade muscular e uso de energia, diferentemente da ler ou usar o computador. A estimulação que ocorre durante o uso do aparelho pode neutralizar os efeitos causados pela TV, como aponta a pesquisa.
Além disso, a realização de atividades físicas e mentais são meios de previnir o declínio mental. O convívio social com amigos e família também ajuda na prevenção da doença.
Foto Destaque: Casal de idosos assistindo televisão. Reprodução/Pexels