No último sábado (03), Maduro informou que 2 mil manifestantes foram presos durante os protestos. Pelo menos 20 pessoas foram mortas, de acordo com Human Rights Watch, sediada nos EUA. A ONG Foro Penal, a qual está coletando relatos de famílias, registrou 1.010 detidos na manhã desta segunda-feira (05), sendo 91 menores.
Desde a semana passada, algumas famílias estão acampadas de fora dos presídios. Após a autoridade eleitoral declarar Nicolás Maduro vencedor da eleição presidencial, a oposição inconformada tomou conta das ruas de Caracas, iniciando os protestos. Os manifestantes acusam de fraude eleitoral o governo de Nicolás Maduro.
A repressão aos protestos foi enorme
As forças de defesa da Venezuela reprimiram com vigor os protestos. De acordo com o governo venezuelano, os atos fazem parte de uma tentativa de golpe apoiada pelos EUA.
Oposição venezuelana fazendo grafite em manifestação (Foto: reprodução/Juan Barreto/AFP/Getty Images embed)
As forças de segurança estão trabalhando intensamente para prender manifestantes. Muitos deles não possuem advogado e são menores de idade. Muitos são acusados de terrorismo em algumas situações.
Familiares exigem justiça
A Reuters divulgou o depoimento da mãe de um homem detido. Rossana Avilei disse que vem lutando por justiça não só para seu filho, mas também para vários detentos. Ela argumenta que eles não cometeram os crimes pelos quais estão sendo acusados, eles não são guerrilheiros, nem criminosos e nem terroristas. Muitos jovens estão desaparecidos desde os protestos, de acordo com Avilei.
“Depois de seis dias de repressão brutal, acreditaram que iam nos calar, parar ou atemorizar. Vejam a resposta. Hoje, a presença de cada cidadão nas ruas da Venezuela demonstra a magnitude da força cívica que temos e a determinação de chegar até o final.”
María Corina Machado
María Corina Machado, a líder da oposição acusou o governo de Maduro de “reprimir brutalmente aqueles que contestam o resultado das eleições. E disse que os protestos na rua são uma resposta contra o governo.”
No meio de todo esse caos, os governos dos EUA e de muitos países têm dúvidas sobre os resultados que apontaram a vitória de Maduro sobre o Edmundo Gonzáles.