Um novo marco para a ciência aconteceu, cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, criaram um embrião de camundongos até ao oitavo dia e meio de desenvolvimento com cérebro e coração funcionando e com todas as estruturas para o desenvolvimento dos demais órgãos do corpo.
Essa criação foi feita usando apenas células-tronco. É a primeira vez que um embrião sintético dessa magnitude é produzido pela ciência, uma coisa jamais vista. A revista científica Nature é responsável pela publicação e adianta que os cientistas fazem parte do grupo de Magdalena Zernicka-Goetz, uma das mais respeitadas pesquisadoras da ciência em todo o mundo.
Segundo os pesquisadores, o objetivo de tudo primeiramente, é entender como desenvolvem-se as primeiras etapas de vida e também identificar com maior precisão porque alguns embriões não conseguem se desenvolver.
Esse tipo de pesquisa ocorre desde muito tempo, são anos de estudo, diversos cientistas estudam para conseguir recriar vida em laboratório a partir das células-tronco, que são as grandes matrizes do organismo, capazes de dar origem a quase todos os tecidos do corpo.
Entretanto, nunca avançaram como agora, estamos presenciando uma grande evolução científica. “É simplesmente inacreditável que tenhamos chegado a esse ponto”, declara Magdalena.
Embrião sintético ao lado de um Embrião Natural (Foto: Reprodução/AMADEI/HANDFORD)
Esse método de manter embriões de roedores vivos por vários dias é feito em incubadoras que giram líquidos cuidadosamente, como uma roda gigante, permitindo o desenvolvimento dos embriões por muito mais tempo do que antes, ficando do tamanho de um grão de arroz, sendo visíveis os batimentos de seus corações. O ser humano nunca esteve tão perto da criação humana como atualmente.
Caso os estudos avancem para células-tronco humanas e tenha sucesso, essa descoberta pode ser responsável pela criação de órgãos para todos aqueles que necessitam. Magdalena ainda finaliza: “Esperamos ajudar a salvar vidas”.
Foto Destaque: Reprodução/Thinkstock/VEJA