Segundo um recente estudo feito e publicado na revista científica “Neurology”, pertencente à Academia Americana de Neurologia, descobriu que há uma relação entre o tipo sanguíneo com as chances de se desenvolver um Acidente Vascular Cerebral (AVC) precoce.
Os especialistas analisaram cerca de outros 50 estudos sobre AVC, em adultos jovens, e cerca de 17 mil deles já haviam sofrido um derrame e outros 576 mil analisados não tinham sofrido nenhum problema grave como este. Os analisados eram de regiões como: América do Norte, Europa e Ásia. A resposta mais contundente do estudo apontou que, as pessoas que têm o tipo sanguíneo A, sofrem com uma tendência maior para o problema.
Das pessoas estudadas e que já tinham tido um derrame, 5,8 mil sofreram com o AVC do tipo precoce, ou seja, antes dos 60 anos tiveram o acidente. Já 9 mil deles, sofreram com o AVC tardio, tinham mais de 60 anos. O estudo entendeu que existe uma ligação entre o AVC precoce e os genes que determinam o tipo sanguíneo (A, B, AB ou O-).
Foto: Bolsas de sangue/ Reprodução: Revista NewsLab
Depois de haver a divisão entre os analisados devido aos seus respectivos tipos sanguíneos e também pelo sexo, os médicos puderam entender que o grupo que tinha o sangue do tipo A, são 16% mais propensos a terem o derrame precoce enquanto que o grupo com sangue tipo O, sofrem 12% menos com os riscos de sofrerem desse mal.
Para o autor do estudo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, Braxton Mitchell, esse estudo trouxe novas informações. “Os resultados da nossa análise mostraram que o tipo sanguíneo A têm uma ligação mais forte com o AVC precoce do que o AVC tardio e que o tipo sanguíneo O, que já foi mais associado ao risco do tipo precoce desse problema, hoje já não tem a mesma resposta”, disse.
Os especialistas defenderam que mais estudos precisam ser feitos e dessa forma, eles poderão entender como o Acidente Vascular Cerebral pode se desenvolver no organismo e também que a partir deste estudo, novos tratamentos podem ser desenvolvidos para a prevenção do derrame precoce.
Foto Destaque: Médica fazendo análises/ Reprodução: Côrtes Villela Medicina Laboratorial