Estudos apontam que uma noite de sono ruim pode reduzir a expectativa de vida em 9 anos

Julia Cabrero Por Julia Cabrero
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Quando o corpo não recebe o devido cuidado, ele começa a desenvolver comportamentos que refletem no dia a dia. Se as horas de descanso não estão sendo suficientes, o corpo dá sinais que vão além do bocejo e dos olhos cansados. Dormir pouco ou dormir mal pode trazer prejuízos sérios à saúde no dia a dia.

A falta de concentração e coordenação motora são uma das consequências. Além disso, sentir fome excessivamente e ficar suscetível à doenças são apenas alguns dos sintomas de que é preciso ajustar sua rotina noturna.

“É uma situação em que muita gente está passando e não percebe as consequências. Os sintomas se confundem um pouco com o estresse”, declara Pedro Genta, do Centro de Medicina do Sono, do Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo.


Mulher tendo problemas para dormir (Foto: Reprodução/Freepik)


Um estudo, publicado na revista NPJ Digital Medicine, do grupo Nature, por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e do Centro Dinamarquês de Medicina do Sono, afirma que o sono fragmentado pode aumentar o risco de morte em 29% e reduzir a expectativa de vida de uma pessoa em aproximadamente nove anos.

O estudo foi realizado monitorando o sono de 10.699 adultos com idades entre 20 a 90 anos. Eles utilizaram um conceito de “idade real” e “idade do sono” para avaliar se estão compatíveis. Os pesquisadores levaram em consideração características como o movimento do queixo e das pernas, a respiração e os batimentos cardíacos das pessoas. Um exemplo disso é caso uma pessoa tenha a idade do sono dez anos maior que a idade real, resultando no aumento do risco de doenças cardiovasculares em 40%.

O especialista Emmanuel Mignot, da Universidade de Stanford, diz que é possível reverter o problema adaptando o estilo de vida. O ideal é criar uma rotina de sono com horários específicos para dormir. “Isso não significa dormir demais, mas garantir que você esteja totalmente descansado pela regularidade”, afirma Mignot.

A qualidade do sono é importante tanto para saúde física e mental de todos. Juntamente de uma rotina saudável, esse cuidado é essêncial para a vida da população.

 

Foto Destaque: Pessoa dormindo. Reprodução/Shutterstock

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