Enfermeira com olfato apurado ajuda a desenvolver teste para Parkinson

Mayara Silva Por Mayara Silva
3 min de leitura

A enfermeira aposentada Joy Milne, foi diagnosticada com um quadro de hiperosomia hereditária, e devido a isso ela consegue ter seu olfato bastante apurado, o que permite a percepção até mesmo de algumas doenças, a mesma conta que a um tempo atras começou a perceber um cheiro diferente no marido falecido, Milne fala que começou a sentir esse odor a uns 12 anos atras muito antes dele ser diagnosticado com a doença de Parkinson que mais tarde o levou a óbito.


Mãos tremendo, ilustração representando a doença de Parkinson (Reprodução/Pixabay)


Joy relata que um tempo depois após o diagnostico em algumas associações de apoio que eles começaram a frequentar, conseguiu sentir odores característicos em outras pessoas, que também possuem essa doença que é conhecida por afetar os pacientes de maneira com que em pouco tempo eles vão perdendo suas funções motoras, até não serem capazes de fazer mais em sua rotina diária coisas básicas, como um simples ato de escovar os dentes.

Isso faz com que eles se tornem totalmente dependentes de uma outra pessoa para dar assistência em 100% do seu dia. O Parkinson é uma doença degenerativa é até hoje não foi desenvolvido nenhum tipo de cura.

Em homenagem a enfermeira aposentada Joy Milne e graças a sua colaboração, foi possível desenvolver um teste que possibilita a descoberta da doença muito antes do diagnostico, e só leva em torno de 3 minutos para ser feito.

O teste ainda está em fases de desenvolvimento dos pesquisadores da universidade de Manchester no Reino unido.

O teste consiste em coletar moléculas de sebo dos pacientes, através de um método não invasivo com um algodão, e através dessa massa fazer um processo chamado espectrometria de massa.

Esse sebo seria tirado das costas do paciente e em seguida seria feito todo o processo. ´´O sebo é então colocado em um filtro de papel e recebe uma gota de solvente e voltagem elétrica, o que transfere seus componentes para o espectrômetro de massa. Segundo os pesquisadores, dos 4.000 compostos encontrados na solução, cerca de 500 são diferentes entre pessoas com e sem a doença de Parkinson´´ Trecho publicado no artigo cientifico do Journal of the American Chemical Society.

Como as pesquisas ainda estão nas fases de teste ainda não foi disponibilizado esse teste nas clinicas, mas é possível que isso ocorra em breve.

Foto destaque: Doutora em Laboratório. Reprodução/Pixabay.

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