Nesta terça-feira (13) é comemorado o Dia Mundial da Sepse, cujo objetivo é conscientizar a população sobre esse problema de saúde pública, além de incentivar ações para melhorar a conscientização, educação e tratamento. A sepse, como é tecnicamente conhecida, caracteriza uma infecção generalizada que pode se espalhar rapidamente e causar efeitos nocivos a vários órgãos.
Esse problema causa aproximadamente 11 milhões de mortes em todo o mundo a cada ano. A Sociedade Brasileira de Infectologia estima que a sepse seja a principal causa de óbitos hospitalares, com aproximadamente 670.000 casos adultos e 240.000 óbitos por ano. Para combater a infecção, o corpo causa mudanças na temperatura corporal, pressão arterial, frequência cardíaca, contagem de glóbulos brancos e respiração. Sem tratamento adequado, parada cardíaca e falência múltipla de órgãos podem levar à morte.
Foto: Paciente internado com Sepse (Reprodução/TopSanté)
Como é a prevenção
A sepse não atinge um órgão do corpo em específico, portanto, é necessário medidas de higiene e cuidados básicos para prevenir o surgimento dessa condição. O Ministério da Saúde informa que o risco pode ser reduzido, especialmente em crianças, quando pais ou responsáveis seguem corretamente o calendário vacinal.
A origem da sepse pode ser bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários, mas os focos relacionados à sepse são a pneumonia, a infecção urinária e a infecção abdominal.
Podendo se espalhar rapidamente pelo organismo, o controle e o tratamento nas primeiras horas de tratamento fazem total diferença na recuperação. O Ministério da Saúde também informa que é ideal os pacientes receberem medicamentos antimicrobianos – a chamada antibioticoterapia, de forma mais rápida possível. Na identificação do causador da doença, é necessário a coleta de amostras de sangue em locais com suspeita de infecção.
Fatores que podem aumentar o risco
A doença pode ser considerada mais grave para grupos considerados de risco, como os bebês prematuros e crianças abaixo de um ano, idosos acima de 65 anos, pacientes com câncer, Aids ou que recorreram a quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo, embora qualquer pessoa esteja vulnerável à contaminação.
Os riscos após o contágio aumentam conforme as complicações de cada pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca ou renal e diabetes, usuários de álcool e drogas e pacientes que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas, além de pacientes transplantados.
Quais são os sintomas e o diagnóstico
A sepse pode se manifestar de diversas maneiras, com os sintomas que estão diretamente associados ao mau funcionamento de diferentes partes do corpo. Os sinais podem incluir febre alta, aumento da frequência cardíaca, agitação, alteração do nível de consciência, respiração acelerada ou sintomas como confusão, dificuldades para respirar, diminuição da quantidade de urina e queda na pressão sanguínea são fatores alarmantes e indicativos de um quadro grave de infecção generalizada.
Para o diagnóstico da sepse, é necessário a identificação do causador da infecção, o foco, com a observação de sinais de disfunção de órgãos. Não há exames específicos, mas todos os exames que permitem a identificação da causa de infecção, além de hemograma para identificar o foco, exames de urina e radiografia de tórax.
Foto destaque: (Reprodução/PEBMED)