Eleições EUA: estados adotam regras diferentes e dificultam votação

A política do país permite que cada estado adote uma regra distinta na hora da votação

Rafaela Gama Por Rafaela Gama
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Foto Destaque: Kamala Harris e Donald Trump (reprodução/Getty Images/Getty Images Embed)

Chegando nos momentos finais das eleições presidenciais dos Estados Unidos, muitos estados começaram a dificultar a vida do eleitor na hora de exercer seu direito. A Geórgia, que é considerada um estado pêndulo, está criando dificuldades para a realização do voto. Há relatos de pessoas que precisam confirmar seu cadastro mais de uma vez.

O fato de Joe Biden ter vencido no estado em 2020, fez o partido Republicano de Donald Trump, endurecer as regras a serem cumpridas para uma pessoa realizar seu voto. Como a vantagem de Biden se deu pelo eleitorado formado por pessoas negras, apoiadores de Trump diminuíram os caixas para voto antecipado em regiões onde há concentração de negros e democratas.

Em outro estado pêndulo, Carolina do Norte, os eleitores precisam depositar, com o seu voto, uma cópia da sua identidade com firma reconhecida ou assinado por duas testemunhas.

O Texas, estado reconhecidamente republicano, não aceita carteira de estudante como documento válido para votar. O documento é aceito em mais de 10 estados do país.


Eleitores votando (Foto: reprodução/AFP/Jeff Kolwalsky/Getty Images Embed)


Estados-pêndulos

Os estados-pêndulos, são os estados onde não existe uma inclinação política para democratas ou republicanos, seus votos variam em cada eleição. São reconhecidos como estados-pêndulos nos Estados Unidos: Geórgia, Nevada, Arizona, Michigan, Carolina do Norte, Wisconsin e Pensilvânia.

Para se consagrar presidente, é de suma importância que um candidato vença nos estados-pêndulos. Como o sistema de votação dos Estados Unidos é pelo voto indireto, onde a pessoa não vota diretamente no presidente e sim no delegado do partido, vencer em estados que somam grande número de delegados coloca um candidato em vantagem.

Pensilvânia

Pensilvânia é um estado-pêndulo crucial tanto para Kamala Harris, como para Donald Trump. O estado contém 19 delegados, e com a disputa acirrada entre os dois candidatos, o partido que vencer na região, possível será o que comandará os Estados Unidos por mais 4 anos.