Autoridades do Canadá confirmam primeiro caso de nova cepa de Mpox

Uma investigação sobre a contaminação está em andamento

Camila Viana Por Camila Viana
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Foto destaque: Tubo de sangue de laboratório do vírus da nova cepa Mpox (Reprodução/ skaman306/Getty Images embed)

Recentemente, autoridades canadenses confirmaram o primeiro caso no país de uma nova forma do vírus Mpox, o Clado 1b, detectada pela primeira vez no leste do Congo. O paciente apresentou sintomas após viajar, está sendo tratado em Manitoba, onde reside. A Agência de Saúde Pública do Canadá afirmou que o risco para a população permanece baixo pois o paciente está em isolamento. 

O que é a Mpox e como ocorre sua transmissão 

A Mpox é uma doença viral, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, pertencente ao gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Com sintomas semelhantes aos da varíola humana, a doença pode ser transmitida de animais para humanos ou entre pessoas. Inicialmente descoberta em 1958, em macacos, e com o primeiro caso humano registrado em 1970.

A Mpox é transmitida principalmente por contato, sendo comum entre pessoas por relações sexuais. Pode ser transmitida por meio de pessoas infectadas ou objetos contaminados pelo vírus, e os principais sintomas são lesões na pele, febre, calafrios e dores no corpo. Grupos vulneráveis, como crianças e mulheres grávidas, estão em alto risco

As ocorrências estão sendo rastreadas em diversos países. Além do Canadá, o vírus já foi identificado em outros países, como o Reino Unido e os EUA. Com casos registrados em quase 80 países em 2024, de acordo com dados da OMS, 19 são de nações africanas, com a República Democrática do Congo em destaque.


República Democrática do Congo tratando crianças pelos casos de Mpox (Foto: reprodução/Arlette Bashizi/Bloomberg/Getty Images Embed)

A OMS manteve alerta de alto risco

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional em saúde pública devido ao aumento de casos da nova cepa do vírus, especialmente no Congo.

Em 22 de novembro, o Comitê de Emergência da OMS confirmou que a doença permanece com o mais alto nível de alerta, destacando a crescente disseminação e o número elevado de infecções, particularmente em áreas como a República Democrática do Congo. O nível máximo de alerta sanitário da organização foi declarado pela primeira vez em 14 de agosto deste ano.

Jornalista apaixonada pela escrita. Redatora no In Magazine e Hora Top TV.