Michel Temer teria retirado apoio a Bolsonaro após pressão familiar

Juliana Pequeno Por Juliana Pequeno
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O ex-presidente Michel Temer (MDB) teria voltado atrás em sua decisão de apoiar a candidatura para reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno da disputa presidencial. No último domingo (2) as eleições para a presidência foram para o segundo turno que acontecerá no dia 30 de outubro. O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (MDB) vão para a urna novamente.

Temer que foi vice-presidente de Dilma Rousseff e assumiu a chefia do Executivo após o impeachment da petista em 2016, em nota diz que irá aplaudir a candidatura que “defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país”. O comunicado aparentemente faz uma sinalização a Bolsonaro, quando informa que defende a manutenção “das reformas já realizadas no meu governo”. Já que o Partido dos Trabalhadores do ex-presidente Lula, defendeu a revogação do teto de gastos e suspensão de trechos da reforma trabalhista.


Michel Temer e Dilma Roussef (Foto:Reprodução/Istoé)


As filhas de Michel não teriam gostado do encontro que o pai teria no fim de semana com o atual presidente, para declarar seu apoio a ele. Sua filha Luciana Temer, por exemplo, tem posições políticas progressistas e já foi secretária de Assistência de Desenvolvimento Social da cidade de São Paulo durante a administração de Fernando Haddad. Michel Temer não citou nenhum dos dois canditados, e aparentemente o comunicado ainda seria neutro referente ao segundo tuno.

O partido de Michel Temer (MDB) teve no primeiro turno a senadora Simone Tebet como candidata à presidência. A senadora obteve 4,9 milhões de votos, ficando como terceira colocada nas eleições. Na última quarta-feira (5) Simone declarou apoio a Lula no segundo turno. “Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos seus últimos dias de campanha quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, que é legítimo, mas sem apresentar as suas propostas completas, depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente. Meu apoio não será por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos”, afirmou Tebet.

 

Foto Destaque: Michel Temer votando. Reprodução/SUAMY BEYDOUN/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

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