Segue sob investigação o caso suspeito de poliomielite em uma criança de três anos. Registrado nesta quarta feira (6), pela Secretaria de Saúde do Estado do Pará, seria o primeiro caso da doença no país desde 1989, quando as campanhas de vacinação diminuíram a paralisia infantil no Brasil. Doença erradicada desde 1994, a poliomielite, habitualmente chamada de pólio, é uma doença altamente contagiosa causada pelo poliovírus selvagem.
Criança sendo vacinada contra a poliomielite. (Foto: Reprodução/Fotógrafos PMJ)
No último dia 30 de setembro, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação chegou a ser prorrogada pelo Ministério da Saúde. Segundo dados da plataforma LocalizaSUS, a cobertura vacinal de crianças está em 61,9%. Ou seja, os resultados apresentados desde 2016, estão abaixo da meta que seria a de imunizar 95% do público-alvo (14,3 milhões de crianças menores de cinco anos.
Um menino de três anos, que reside no município de Santo Antônio do Tauá, em Belém, testou positivo para a doença. A Secretaria da Saúde do Pará notificou o Ministério da Saúde. No relatório clínico enviado à pasta federal, a criança tem registro apenas de duas doses da vacina da pólio oral (VOP), não constando registro de vacina da pólio inativada. Ou seja, o esquema vacinal dela encontrava+se incompleto. Ainda segundo o relatório, o vírus foi identificado através de exames de fezes da criança. A mesma foi atendida no ambulatório e não chegou a ser internada, mas segue em observação.
Em nota, o Ministério da Saúde informa que não há registro de circulação viral da poliomielite no Brasil e que uma equipe foi enviada ao Pará nesta quinta para investigar o caso. De acordo com informações enviadas pela Secretaria Estadual de Saúde, o caso pode estar relacionado a um evento adverso ocasionado por vacinação inadequada.
O Ministério da Saúde reforça que pais e responsáveis vacinem suas crianças com todas as doses indicadas para manter o país protegido da poliomielite.
Foto destaque: Criança tomando a vacina da poliomielite. Reprodução/Sajjad/Xinhua