Segundo índice, três cidades em Piracicaba estão em situação de alerta para o mosquito da dengue

Luísa Giraldo Por Luísa Giraldo
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De acordo com um levantamento do Índice de Breteau (IB), três regiões de Piracicaba, em São Paulo, estão atualmente em situação de alerta para o mosquito da dengue. A média geral da cidade, no entanto, aponta para uma situação controlada. Por meio de amostras residenciais, o IB identifica a quantidade de larvas de mosquitos Aedes aegypti.

No índice, em valor numérico, é definida a quantidade de larvas do mosquito encontradas em espaços residenciais. Ele serve como base para a medição do nível de infestação da dengue. Segundo a prefeitura, o Ministério da Saúde define os valores superiores a 1 como situação de “alerta” para casos de Chikungunya, Dengue e Zika na cidade e na região.

Assim, no índice de Breteau, o resultado geral da cidade de Piracicaba foi de 0,86, isto é, está controlada. As regiões Norte, Sul e Leste tiveram, no entanto, os índices 1, 1,1 e 1,1 respectivamente, classificados como situação de “alerta”.

O coordenador do Programa Municipal de Combate ao Aedes (PMCA), Sebastião Campos Amaral, apontou que o Centro teve o menor índice, com o número 0,2. “É por meio destes dados que definimos as ações de bloqueio da doença, bem como onde levar por mais vezes as ações de combate ao mosquito Aedes como o arrastão e mutirão da dengue, limpeza nos cemitérios, entrada forçada nas residências em situação de abandono, entre outras”, disse.

Segundo informações da prefeitura, os bairros que mais trazem preocupação são Bairro das Ondas, Higienópolis, Jardim Santa Rita, Algodoal, Jardim Oriente, São Jorge, Vila Monteiro, Santa Teresinha e Jardim Monumento.

Conforme o banco de dados da Vigilância Epidemiológica, de janeiro até 11 de outubro, houve aproximadamente 7.800 notificações de dengue, com quase 1.500 casos positivos e um óbito pela doença. No mesmo período do ano anterior, foram quase 14.000 notificações, com 5.341 confirmações e, também, um óbito.


Índice de Breteau coloca Prudente em “alerta” para transmissor da dengue

Recipiente com água criadouros do mosquito da dengue (Foto: Reprodução/Cidade de Presidente Prudente)


Situação sob controle na cidade

O levantamento foi concluído na última sexta-feira (11). Ainda assim, segundo a prefeitura, os dados foram computados pela empresa HelpInsect e avaliados pelas equipes vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde do Programa Municipal de Combate ao Aedes (PMCA).

O secretário de Saúde Filemon Silvano disse que os casos devem continuar sendo monitorados, assim como a realização de ações preventivas e de bloqueios constantes, apesar da situação estar sob controle. “A população também pode ajudar evitando acumular recipientes que possam se transformar em criadouros dentro de casa, por isso é importante que todos participem e colaborem com as ações realizadas pela Prefeitura”, contou ele.

Durante o mês de outubro, os dados foram coletados pelas equipes do PMCA, formadas por agentes de controle de Zoonoses e da Dengue, que visitaram cerca de 3.200 residências em busca de recipientes com potencial para que o mosquito Aedes aegypti possa crescer e se desenvolver.

A equipe encontrou 1.806 recipientes secos, que foram denominados tecnicamente como “recipientes existentes”, expostos com grande possibilidade de acumular água. Além disso, mais de 900 recipientes com água foram localizados. Foram encontrados, por outro lado, 28 recipientes com larvas de mosquitos, sendo que haviam larvas da dengue em 26 deles.

Em meio às pesquisas, os principais locais identificados como criadouros foram os vaso de planta, prato de vaso, garrafas retornáveis, lata e frascos utilizáveis, planta aquática, lata e frascos não utilizáveis, balde, regador, bromélia e inservíveis (lixo), assim como o ralo, piscina, pneus, lona ou encerado, estrutura fixas do imóvel e bebedouro de animais.

Ações feitas contra a dengue

As atividades de combate à dengue estão intensificadas na cidade de Piracicaba, disse a prefeitura. Entre os dias 21 e 26 de novembro, o governo do Estado de São promoverá, inclusive, uma campanha para alertar a população sobre os riscos da doença.

O coordenador do PMCA disse que eles estão finalizando o plano de ação para integrar as atividades do Estado. “Para o próximo mês devemos retomar as ações do mutirão da dengue, além de reforçar as ações orientativas e educacionais nos corredores comerciais e adjacências”.

 

Foto destaque: Profissional da área da saúde fazendo a pesquisa. Reprodução: DHOJE

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