Com o aumento gradual de casos em vários municípios do país, foi anunciada, na última semana, uma nova onda da Covid-19, após meses em que a doença estava em baixa. Apesar disso, a gravidade dos quadros diminuiu entre a população vacinada com, ao menos, três doses.
Em contrapartida, as autoridades sanitárias orientam o isolamento social aos infectados para evitar a contaminação de pessoas do grupo de risco e, também, a circulação do vírus. Mas fica, para grande parte das pessoas, a pergunta: qual será o tempo necessário para ficar em “quarentena”?
As diretrizes válidas do Ministério da Saúde estipularam, desde janeiro deste ano, um período oficial de 10 dias. Dependendo, no entanto, de fatores como sintomas e resultados negativos durante o isolamento, ele pode ser encurtado para até 5 dias.
Segundo o Guia de Vigilância Epidemiológico, responsável por definir as orientações relativas à Covid-19, o período de isolamento será de cinco dias se a pessoa estiver há 24 horas sem sintomas, podendo deixar o isolamento com um teste negativo. De sete dias se, no sétimo, ela estiver há 24 horas sem sintomas, com a possibilidade de deixar o isolamento sem necessidade da testagem. De dez dias se os sintomas durarem mais de sete, podendo deixar o isolamento no décimo dia, desde que esteja há 24 horas sem eles, sem precisar do teste. E mais de dez dias se os sintomas continuarem, a orientação é aguardar até permanecer um dia completo sem registrá-los para deixar o isolamento.
Os diferentes períodos de isolamento
De acordo com o guia, o paciente deve se isolar imediatamente a partir do resultado positivo para a Covid-19 ou da identificação de sintomas gripais, como coriza, tosse ou dor no corpo. O diagnóstico da doença pode ser de um teste de antígeno, disponibilizado nas farmácias e nos postos de saúde, ou dos ofertados nos laboratórios RT-PCR.
Foto: Teste de Covid-19 (Reproduçãp: Alta Diagnósticos)
Para que o paciente esteja livre no décimo dia sem a necessidade de um teste negativo, ele precisará estar há 24 horas, no mínimo, sem febre ou sintomas respiratórios e sem o uso de medicamentos antitérmicos. Com algum destes fatores, a orientação das autoridades sanitárias é que o indivíduo aguarde até ficar um dia completo sem sintomas para deixar o isolamento.
Se, no sexto dia de isolamento, a remissão dos sintomas respiratórios acontecer, fazendo com que, no sétimo dia, o paciente já esteja há 24 horas sem sintomas, o indivíduo pode ser liberado sem necessitar de um teste com resultado negativo. O paciente deve, no entanto, continuar até o décimo dia de isolamento se, na data, ele ainda não tiver registrado as 24 horas sem os sinais.
A liberação pode acontecer mais cedo se o paciente, no quinto dia, já estiver sem sintomas e sem medicamentos há, pelo menos, 24 horas. Nesse caso, ele obrigatoriamente precisa fazer um segundo teste para a doença. Assim, se o diagnóstico indicar um resultado negativo para a Covid-19, ele poderá deixar o isolamento. Em caso da testagem ser positiva, mesmo sem sintomas, o paciente deve continuar se isolando até completar 10 dias.
O Ministério da Saúde orientou que, em todas as situações em que o infectado for liberado antes do décimo dia, sejam seguidas as seguintes medidas até completar o período:
- O uso da máscara ajustada ao rosto, preferencialmente cirúrgica ou PFF2/N95, em casa ou em público;
- Evitar contato com pessoas imunocomprometidas ou que possuam fatores de risco para agravamento da Covid-19, bem como locais com aglomerações de pessoas, como transporte público, ou onde não seja possível manter o distanciamento físico;
- Não frequentar locais onde não possa usar máscara durante todo o tempo, como restaurantes e bares; e evitar comer próximo a outras pessoas, tanto em casa como no trabalho;
- Só viajar se fizer um teste e o resultado for não detectado/reagente. Caso não seja possível realizar o teste, orienta-se adiar a viagem por pelo menos 10 dias a contar do início dos sintomas.
Foto destaque: vírus da Covid-19. (Reprodução: Poder 360)