Entenda a controvérsia da braçadeira “One Love” da Copa 2022

Editoria Imag Por Editoria Imag
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A Copa do Mundo do Catar começou em meio a tensão entre a Fifa e algumas seleções europeias. Os capitães pretendiam entrar em campo com uma braçadeira em apoio a comunidade LGBTQIA+, como uma forma de protestar contra as leis anti-LGBTQIA+ do país, mas voltaram atrás na decisão depois que a Fifa ameaçou punir os jogadores com um cartão amarelo. 

De acordo com o jornal “The Telegraph”, a Fifa informou a federação inglesa que o regulamento não permitia o uso das braçadeiras com as cores do arco-íris. As seleções seriam multadas, e concordavam em pagar, mas a federação internacional afirmou que teriam punições esportivas. As seleções da Inglaterra, Bélgica, País de Gales, Holanda, Dinamarca, Alemanha e Suíça vieram a público nesta segunda-feira (21), informar que não usariam mais as braçadeiras. 

“A Fifa tem sido muito clara de que vai impor sanções esportivas se nossos capitães usarem as braçadeiras no campo de jogo. Como federações nacionais, não podemos colocar nossos jogadores em uma posição na qual poderiam enfrentar sanções esportivas, incluindo cartões. Então, pedimos aos capitães que não tentem vestir as braçadeiras nos jogos da Copa do Mundo”, disse a nota coletiva.

A Fifa anunciou no último sábado (19), uma ação com a ONU em que seriam estampadas mensagens comunitárias nas braçadeiras dos 32 capitães da Copa do Mundo. Para algumas seleções, a campanha teria o intuito de “sufocar” o movimento One Love, em que a faixa teria as cores do arco-íris. 

Gianni Infantino, presidente da Fifa, afirmou que gostaria de ver sua ação em parceria com a ONU na Copa do Mundo, e não a iniciada pelas seleções europeias: “As faixas são dadas pela Fifa aos times, e teremos várias campanhas de inclusão. Temos que achar tópicos sobre os quais todos concordam”.


Harry Kane usa braçadeira que diz “Sem discriminação” (Reprodução/Twitter)


Ao entrar em campo para o jogo da Inglaterra e Irã na manhã desta segunda-feira, Harry Kane, capitão da seleção inglesa, usou uma braçadeira preta que dizia “Sem discriminação”.

No Catar, a homoafetividade é crime, e pode ter como pena máxima o apedrejamento. Apesar de ter sido pressionada por entidades que lutam pela comunidade LGBTQIA+, e em seu estatuto o artigo 3 prever a proteção dos direitos humanos, a Fifa evita se posicionar sobre a situação.

 

Foto destaque: Braçadeira One Love. Reprodução/Twitter.

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