Ana Preta não brinca. Com seu disco de estreia, auto-intitulado, a preta de São Mateus, zona leste de São Paulo, serve um belo e muito bem produzido compilado com onze músicas, todas de sua autoria e com participações de Thaíde, Arnaldo Tifu, Funk Buia, Déborah Crespo, Rose MC e Ieda Hills.
Com rimas fortes e flow digno de pugilista, a cantora, compositora e produtora visita variadas referências da música negra de ontem e de hoje, incluindo uma revisitada incursão pela disco music de Donna Summer e Diana Ross para saudosista nenhum botar defeito em “Vem Curtir a Night”, parceria com Déborah Crespo que já saiu em videoclipe.
Nos temas, Ana Preta vai do romance ao confronto, passando por temas como o racismo em “Meu
Cabelo Pede Paz”, colaboração com Arnaldo Tifu, e “Sem Justiça”, que reúne reggaeton e trap; conflitos relacionais na soturna “Falsidade”; e uma combinação de pop, rap e R&B perfeita para as pistas como em “Bem Bang” (lançada com videoclipe), “Vem Curtir a Night” e “Volume Nesse Som”, faixa em que vem acompanhada de Rose MC e Ieda Hills. Com Funk Buia, lendário nome do ragga brasileiro, Ana se rende às influências jamaicanas e funkeiras em “Favela”, e, com outro lendário, Thaíde, divide o remix de “Quero Quero”.
O álbum Ana Preta, além dos dois clipes já lançados, chega também com visualizers para todas as faixas, a serem lançadas no canal dela no YouTube. O lançamento vai render também outros videoclipes, já em fase de pré-produção, a serem lançados ainda este ano.
Com vários anos na estrada e experiência de sobra, Ana Preta não se intimida ao colocar na rua este que é seu primeiro – e muito suado – álbum oficial e avisa: “Eu sou uma preta nega linda, com pouco eu faço muito ainda”.
O álbum Ana Preta está nas plataformas de streaming