Zelensky, presidente da Ucrânia, chega aos EUA para visita histórica e encontro com Joe Biden

Raphael Klopper Por Raphael Klopper
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Encontro histórico marca essa Quarta-feira (21/12) entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky e presidente Americano Joe Biden em Washington, nos Estados Unidos. A chegada o líder Ucraniano para encontros com Biden e congressistas é a primeira vez que Zelensky deixa a Ucrânia desde o início da guerra no país, em 24 de fevereiro quando a Rússia invadiu o país.

O líder ucraniano foi direto a uma instalação do governo dos EUA onde ele tem os seguintes compromissos marcados:

• Encontro com o presidente Joe Biden;

• Entrevista coletiva à imprensa;

• Na sequência, o ucraniano seguirá ao Capitólio – o prédio do Congresso dos Estados Unidos – onde discursará durante uma reunião conjunta da Câmara dos Deputados;

• Todos os eventos acontecerão ainda nesta quarta-feira.

• deve ainda haver uma sessão em conjunto de deputados e senadores para ouvir o ucraniano.

Joe Biden deu as boas-vindas ao líder ucraniano na Casa Branca, renovando garantias de apoio dos EUA em meio à contínua investida da Rússia contra a Ucrânia. Criticando a guerra e afirmando que a invasão é de valor inacreditável, descrevendo as ações da Rússia como “um ataque brutal ao direito da Ucrânia existir como nação”.

Biden ainda citou ataques a pessoas inocentes na Ucrânia apenas para intimidá-los, ao atacar civis, orfanatos, hospitais, escolas e grandes marcos do país.

Agora eles (os russos) estão tentando usar o inverno como uma arma contra o povo ucraniano, mas o povo ucraniano continua a inspirar o mundo. Digo isso com a maior sinceridade, não apenas inspirar a nós, mas inspirar o mundo com a sua coragem e a forma como escolheram a resiliência no seu futuro“, disse Biden.

Biden ainda reiterou o apoio financeiro, humanitário e na disponibilização de sistemas de segurança, providos como ajuda pelo governo dos EUA ao dizer: “Nós vamos fortalecer a capacidade da Ucrânia de se defender, especialmente defesa aérea, e é por isso que os EUA estamos dando mísseis e treinando as forças para usar adequadamente os mísseis”.


O presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama, Jill Biden, recebem o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy (Foto: Reprodução / G1)


Depois de agradecer o apoio humanitário, Zelensky contou que esteve perto de Kherson e conversou com um capitão da bateria de mísseis antiaéreos, no qual esse militar pediu pessoalmente para que Zelensky levasse a medalha que ele (o capitão) havia recebido do exército para dar de presente a Biden.

Zelensky cumpriu a promessa ao presentear Biden com a medalha, que agradeceu pelo objeto e disse que estava muito honrado, dizendo lembrar do próprio filho, que serviu o exército dos EUA no Iraque.

Ainda em sua visita recente a Kherson, Zelensky chegou a dizer que o movimento era o início do fim da guerra em seu país, após as as tropas ucranianas conseguiram reconquistar a cidade, que fora uma das primeiras inteiramente ocupada pelas forças de Moscou.

Os Estados Unidos fornecerão 1,85 bilhão de dólares em assistência militar adicional para a Ucrânia, incluindo a transferência do Sistema de Defesa Aérea Patriot, disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em comunicado nesta quarta-feira.

A assistência de hoje pela primeira vez inclui o Sistema de Defesa Aérea Patriot, capaz de derrubar mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos de curto alcance e aeronaves em um teto significativamente mais alto do que os sistemas de defesa aérea fornecidos anteriormente“, disse Blinken.

Zelenskiy havia dito anteriormente que sua visita aos EUA visava fortalecer a “capacidade de resiliência e defesa” da Ucrânia em meio aos constantes bombardeamentos russos com mísseis e drones mirando locais de fornecimento de energia e água do país no auge do inverno no Hemisfério Norte.

A assessoria de Zelensky ainda não informou se ele terá compromissos na capital norte-americana na quinta-feira.

 

Foto Destaque: O presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, caminham até o Salão Oval da Casa Branca em Washington (Reprodução / G1)

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