China tem alta demanda em crematórios após fim de restrições

Rayssa Tarouco Por Rayssa Tarouco
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A China vem passando por momentos difíceis em relação a pandemia de Covid-19 nos últimos dias, devido ao fim das restrições. Muitas funerárias estão tendo filas para cremar os corpos das vítimas, além de estarem com uma demanda bem acima do normal em crematórios.

O jornalista, Dake Kang, que trabalha para a agência Associated Press, foi até uma das funerárias, a Dongjiao, que está passando por problemas devido ao grande número de procura, e contou que a situação é alarmante.

”Uma ou duas dúzias de pessoas estavam do lado de fora esperando enquanto pessoas carregavam caixões e chamavam os nomes dos mortos”, contou Dake Kang, um jornalista local.


Imagens das filas em funerárias da China (Vídeo: Reprodução/ Youtube)


”Um deles disse especificamente que estimou que havia cerca de 50 a 100 pessoas sendo cremadas ali por dia, em comparação com algumas dezenas anteriormente”, disse Dake Kang.

Segundo números infromados pelas autoridades chinesas, foram registradas duas mortes por Covid-19 na segunda-feira (19/12) e mais cinco mortes na terça-feira (20/12), depois de semanas sem registros de mortes devido a Covid. Esses números não explicam a alta demanda que os crematórios vem recebendo e contradizem as imagens vistas em todo o país nesta semana.

O fim das restrições da Covid-19 chega após uma série de protestos por parte da população local. A política do ”covid zero” implementada pelo governo, era uma das mais rígidas do mundo, e estava deixando a população descontente, já eram quase três anos de duras restrições.

Desde o início da pandemia em 2019, a China registrou 5.242 mortes por Covid-19, isso porque as autoridades não contam mortes por Covid de pessoas que pegaram a doença e vieram a óbito, mas sim contam como pessoas que pegaram o vírus e morreram em decorrência de pneumonia ou insuficiência respiratória. Estima-se que o número de pessoas que morreram devido a Covid possa ser muito maior.

Foto Destaque: Imagem das filas registradas nos crematórios chineses. Reprodução/ Twitter

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