Obesidade infantil no Brasil se torna ameaça a saúde pública

Luana Bruno Por Luana Bruno
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A obesidade ocorre quando a ingestão alimentar é maior que o gasto de energia correspondente, acumulando gordura no corpo e aumentando os ricos de problemas de saúde. Diferente do que muitos pensam, é uma doença que não está relacionada apenas a falta de exercício físico.

Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde em 2020 no Brasil, mostra que uma em cada três crianças de 5 entre 9 anos está acima do peso. O resultado é preocupante e se não houver mudanças, o Brasil corre risco de chegar até a 5° posição no ranking da obesidade infantil daqui há 9 anos.


Casos de obesidade infantil vêm avançando nos útimos anos (Foto: Reprodução/ Stock Images)


Obesidade é uma questão de saúde pública global e envolve não só a alimentação, como o estilo de vida, o bem-estar e a vida social das crianças. É normal ouvir que pessoas obesas são desleixadas e por isso acabam engordando demais. Estudos comprovam que quem sofre de obesidade têm uma diminuição do metabolismo na região cerebral que regula a capacidade de tomar decisões, de conseguir controlar a quantidade de alimento consumido. Sendo assim, a obesidade não tem relação com a força de vontade.

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A endocrinologista Cintia Cercato, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), explica “Não é só o ambiente e nem só a genética. É a junção dos dois. Há a predisposição genética, mas se a criança não estivesse em um ambiente que não fosse tão obesogênico, não ia crescer tanto os índices de obesidade infantil”

Tanto o estilo de vida quanto os fatores genéticos influenciam a composição corporal, e por isso, a obesidade é uma doença multifatorial. Pode ser causada por mal hábitos alimentares, estresse, ansiedade, má qualidade do sono e a falta de exercícios físicos. Esse distúrbio pode causar graves problemas de saúde e diminuir a expectativa de vida. Por isso é tão importante inserir uma rotina saudável na vida das crianças.

Muitas não têm acesso a alimentos saudáveis e são atraídas aos famosos estabelecimentos que vendem “junk food”, comidas com alto teor calóricos e baixo nível de nutrientes. Estilo de vida que está inserido em nossa sociedade e é normalizado, mas, quando consumido regularmente por crianças pode se tornar um problema e dificultar que cresçam como adultos saudáveis.

Foto destaque: Reprodução/ Danilo Mota

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