Ministério da Saúde lança nova campanha nacional contra o Aedes aegypti

Governo federal apresenta nova campanha para combater o mosquito e destaca avanços na produção da vacina brasileira contra a dengue

04 nov, 2025
Mosquito Aedes aegypti| Reprodução/ Smith Collection/Gado/Getty Imagens Embed
Mosquito Aedes aegypti| Reprodução/ Smith Collection/Gado/Getty Imagens Embed

Nesta segunda-feira (3), o Ministério da Saúde anunciou uma nova campanha nacional de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de várias arboviroses  Intitulada “Não Dê Chance para Dengue, Zika e Chikungunya”, a ação faz parte do plano federal de prevenção às arboviroses, com investimento aproximado de R$183,5 milhões.

Durante o evento, o ministro da Saúde Alexandre Padilha destacou que as ações de combate acontecem durante todo o ano, mas reforçou que o período atual exige atenção redobrada. “Agora é hora de organizar a assistência à saúde, reforçar as ações de prevenção e identificar os pontos estratégicos”, afirmou.

Dados preocupantes

De acordo com o 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em 3.223 municípios entre agosto e outubro, 30% das cidades brasileiras estão em situação de alerta para dengue, chikungunya e Zika. Apesar disso, houve uma redução de 75% nos casos em comparação com 2024, segundo dados do ministério.

Atualmente, o Brasil contabiliza cerca de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, sendo São Paulo o estado mais afetado, concentrando 55% dos casos e 64% dos óbitos. O ministro reforçou que a dengue continua sendo a principal endemia do país, e que as mudanças climáticas podem ampliar o risco de transmissão, inclusive em regiões que antes não registravam o mosquito.

Avanços na vacina e expectativas pra 2026

Em outubro, Padilha visitou a China para fortalecer a parceria entre o governo brasileiro e a empresa WuXi Biologics, que colabora com o Instituto Butantan na produção de uma vacina nacional contra a dengue. A expectativa é que o imunizante seja registrado pela Anvisa até o final de 2025, permitindo o início da campanha de vacinação em todo o país.


Ministros Alexandre Padilha e Simone Tebet (Vídeo: reprodução/Instagram/@padilhando)


Segundo o ministro, os estudos clínicos estão progredindo bem, e a farmacêutica chinesa deve produzir 40 milhões de doses destinadas ao Brasil. Após a aprovação, o Comitê Técnico do Programa Nacional de Imunização definirá a melhor estratégia para distribuição.

Por fim, Padilha reforçou que o sucesso do combate depende também da população. Ele lembrou a importância de eliminar criadouros, usar telas e repelentes, limpar calhas e reservatórios e participar das ações promovidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e seus profissionais.

Mais notícias