A creatina é um dos suplementos nutricionais mais conhecidos no meio esportivo — desde os amadores até os profissionais – como aliado em treinos e dietas desperta o interesse em atletas e não-atletas que estão em busca de um bom desempenho nas atividades físicas e em resultados no ganho de massa muscular, mas também pode gerar dúvidas sobre o seu consumo. Após a liberação das vendas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em 2010, e a isenção nos impostos de importação, no ano passado, o consumo se tornou tendência nas academias, porém, especialistas recomendam que o uso seja feito com acompanhamento profissional.
De acordo com a coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, professora Camila Junqueira, a creatina não é um anabolizante e age na produção de energia, além de estimular o desenvolvimento de fibras musculares. “A suplementação aumenta a capacidade dos músculos trabalharem, contribui com a força na prática esportiva e melhora a performance em treinos”, afirma a docente.
A substância é naturalmente produzida pelos rins, fígado e pâncreas e está presente em alimentos do dia a dia, como ovos, leite e seus derivados, assim como nas carnes de boi, de peixe e de frango. O uso como suplemento é indicado para pessoas que buscam aumento da potência em exercícios, porém, os ganhos são percebidos apenas quando o consumo está aliado a uma dieta equilibrada e a uma rotina de atividades físicas.
COMO CONSUMIR?
Com o auxílio de um nutricionista qualificado, é possível criar uma disciplina alimentar personalizada com as necessidades e objetivos de cada paciente. Sem acompanhamento, os riscos de efeitos colaterais podem aumentar, como, por exemplo, a sobrecarga dos rins devido a possível baixa ingestão de líquidos no processo.
O pó deve ser diluído em água, preferencialmente, e é importante que o usuário consuma, também, uma fonte de carboidrato com alto índice glicêmico, a exemplo da tapioca, preparos com batatas e frutas com adição de mel. Isso irá facilitar a absorção da substância no organismo.
As dosagens devem ser feitas entre 3 e 5 gramas por dia e podem acontecer em dois modos: por tempo determinado e limitado, para resultados específicos, ou por uso contínuo e diário. “Em quantidade moderada, a creatina não faz mal à saúde e não contém calorias, mas é preciso incluí-la na dieta com responsabilidade e apoio de um profissional de saúde”, alerta a professora.
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