China reabre fronteiras e acaba com a política de Covid-zero

João Victor Oliveira Por João Victor Oliveira
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Neste domingo (8), viajantes chegaram à China por ar, terra e mar, enquanto Pequim abriu fronteiras que estavam praticamente fechadas desde o começo da pandemia de Covid-19.

Depois de três anos, a China continental abriu travessias marítimas e terrestres com Hong Kong e, assim, encerrou-se a exigência de quarentena para os viajantes que chegam à região. Dessa forma, foi desmantelado um eixo final da política de Covid-zero que protegeu do vírus 1,4 bilhão de pessoas na China, contudo também isolou a população do resto do mundo.

Os balcões de check-in do aeroporto internacional de Hong Kong para voos com destino às cidades do continente, incluindo Pequim, Tianjin e Xiamen tiveram grandes filas sendo formadas. Segundo os meios de comunicação de Hong Kong, milhares de pessoas fizeram essa travessia. 


O ditador da China, Xi Jinping (Foto: Reprodução/EFE)


A abertura da fronteira segue o início do “chun yun” no sábado, os 40 dias das viagens do Ano Novo Lunar, que antes da pandemia era a maior migração anual do mundo, enquanto as pessoas tiravam férias com a família ou voltavam para suas cidades natais. 

Nesta temporada são esperadas cerca de 2 bilhões de viagens, praticamente o dobro do movimento feito no ano passado, além disso, uma recuperação para 70% dos níveis de 2019, de acordo com o governo. 

Diversos chineses devem começar a viajar para o exterior. Esta mudança é provável de acontecer, por causa dos pontos turísticos em países como a Tailândia e a Indonésia. Entretanto, muitos governos estão preocupados com o aumento da Covid na China, com isso, estão impondo restrições aos viajantes do país. 

A China rebaixou seu gerenciamento da Covid da categoria A, que permitia às autoridades locais colocar em quarentena pacientes e seus contatos próximos e colocar regiões em lockdown, para a categoria B.

Contudo, os temores de que a grande migração de trabalhadores urbanos para suas cidades natais e a reabertura de fronteiras possam aumentar as infecções em cidades menores e áreas rurais menos equipadas com leitos de terapia intensiva e ventiladores permanecem.

 

Foto Destaque: Bandeira da China. (Reprodução/Getty Images)

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