Os terroristas que foram presos após os ataques às sedes dos três poderes, em Brasília, no último domingo (8), começaram a ser transferidos para o sistema carcerário, no Complexo Penitenciário da Papuda e para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), também conhecida como Colmeia, nesta segunda-feira (9).
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), até o final da manhã desta segunda, 176 das 300 pessoas já haviam sido transferidas; entre elas, 112 homens e 64 mulheres. Os homens foram levados ao Centro de Detenção Provisória II (CDP II), em Brasília, e as mulheres foram encaminhadas à PFDF, também na capital. Os criminosos estavam, até então, sendo levados em grupos, de pouco em pouco, em veículos das forças de segurança do Distrito Federal (DF).
A Polícia Civil (PCDF) afirmou que 300 pessoas foram encaminhadas ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) e 204 criminosos foram presos por envolvimento nos ataques. Isso porque a juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Leila Cury, permitiu, na noite de domingo, que houvesse, sem necessidade de audiência de custódia, a transferência dos detidos da carceragem da PCDF para os presídios.
Quando questionada, ainda na manhã desta segunda, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal disse que não tinha o número preciso de pessoas que já haviam chegado na Papuda, assim como na Colmeia.
A Polícia Civil do DF confirmou, via publicação no Twitter, a prisão de 300 pessoas. “As investigações seguem até que o último integrante seja identificado”, diz a publicação.
Publicação nas redes sociais, feita pela PCDF, informando sobre a quantidade de pessoas presas (Reprodução/Twitter)
A autorização excepcional de transferência imediata dessas pessoas para o sistema prisional havia sido solicitada pela Direção da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), devido ao alto número de detidos no domingo em função dos atos terroristas registrados em Brasília.
Foto destaque: Terroristas entrando nos veículos das forças de segurança do DF (Reprodução/TV Globo)