O ator Alec Baldwin não estava presente no treinamento obrigatório com armas de fogo e, no lugar disso, teve apenas uma sessão de meia hora no set, sendo que nesta ele ficou distraído por conta de um telefonema para sua família, antes do tiro em Halyna Hutchins acontecer. Nesta quarta-feira (1), as informações foram divulgadas pelo Ministério Público de Santa Fé, que ainda falou: “desvio imprudente dos padrões, prática e protocolo conhecidos do ator causaram diretamente o tiro que matou a cineasta Hutchins”.
De acordo com o site Mirror, o promotor de justiça alegou, no relatório oficial, que o ator norte-americano, havia mostrado “desrespeito intencional” acerca da segurança das outras pessoas nos dias que antecedera o incidente no set de filmagens do filme Rust, localizado no Novo México.
Alec e a armeira do filme, Hannah Gutierrez-Reed, foram acusados de duas acusações de homicídio culposo decorrentes do acidente em outubro de 2021. O ator prometeu que irá lutar contra as acusações que seu advogado chama de “terrível erro judiciário”.
A família de Hutchins respondeu as acusações no mês de janeiro, dizendo que Baldwin mostrou “desrespeito consciente pela vida humana”. Nesta terça-feira (31), as acusações foram apresentadas formalmente pela Procuradoria do Distrito de Santa Fé, juntamente com uma declaração de causa provável.
“As evidências e declarações documentadas nesta declaração confirmam muitos casos de atos extremamente imprudentes ou falhas imprudentes de Baldwin em um período de 10 dias. As evidências mostram claramente que nenhum dos incidentes ou problemas foram abordados pelo astro, em sua posição como ator ou produtor, para mitigar ocorrências futuras de imprudência, corrigir comportamento imprudente ou corrigir deficiências de treinamento. O desvio de Baldwin dos padrões, práticas e protocolos conhecidos causou diretamente a morte fatal de Hutchins”.
Alec Baldwin é protagonista e produtor do filme Rust. (Foto: Reprodução/Instagram)
Falando sobre os momentos que antecederam o incidente, o comunicado acrescentou que o ator americano apontou a arma para a Sra. Hutchins, o que foi outro desvio do protocolo. “Seja guiado pelas instruções (de Hutchins) ou não, Baldwin sabia que a primeira regra de segurança com armas é nunca apostar uma arma para alguém que você não pretende atirar. Além disso, sempre assuma que uma arma está carregada. Se Baldwin tivesse realizado as verificações de segurança necessárias com o armeiro, Reed, essa tragédia não teria ocorrido”.
O promotor ainda alega que Gutierrez-Reed foi “inexperiente e não qualificada” para a prática de armeira e que “não possuía certificação ou treinamento certificável”. O relatório ainda reparou que ela havia sido armeira em apenas uma produção antes de trabalhar no filme.
O comunicado dizia: “como produtor de um filme intenso sobre armas de fogo, as evidências mostram que Baldwin permitiu, por atos ou omissões, a contratação de Reed inexperiente e desqualificado para esta produção, falhou em mitigar ou estabelecer mais precauções para proteger contra a inexperiência de Reed, ou falhou em exigir os padrões mínimos de segurança, protocolos e requisitos no set”.
Se Baldwin e Gutierrez-Reed, forem condenados eles poderão pegar pena de até 5 anos de prisão.
Foto destaque: Alec Baldwin. Reprodução/Angela Weiss/AFP