Perguntas ainda sem respostas sobre a morte de Marielle Franco

Nathália Siqueira Por Nathália Siqueira
4 min de leitura

Mesmo após 5 anos do assassinato de Marielle Franco, e do motorista Anderson, a polícia ainda não desvendou o caso, mas continua investigando. Até então, o caso era conduzido pela Delegacia de Homicídios da Capital e o Ministério Público do Rio, porém, em fevereiro deste ano, a Polícia Federal, passou a ajudar a desvendar o crime contra a vereadora. 

Apesar dos poucos avanços desde o ocorrido, a linha de investigação sobre se tratar de um crime político, é ainda, a principal e a que se mantém mais forte. Até agora, foram apreendidos por suspeita de participação no caso, o policial militar reformado, Ronnie Lessa, e o ex-PM, Élcio de Queiroz. Eles serão levados a julgamento (que ainda não foi marcado), e por enquanto, permanecem encarcerados.

Além disso, a Polícia Civil, continua a ouvir testemunhas, enquanto promotores do MP escutam tanto a família de Marielle, como também de Anderson. Membros da Anistia Internacional, também se interessaram em ajudar nas investigações, e se apresentaram na Polícia Federal, na última segunda-feira (13).

 


Estátua inaugurada em 2022, no Buraco do Lume, RJ, em homenagem a Marielle (Reprodução/Aline Massuca/Metrópoles)


Confira algumas perguntas ainda sem respostas sobre o caso:

1. Quem mandou matar e por quê?

Mesmo após tantos anos do crime ter sido cometido, nem o mandante, nem o assassino, foram descobertos. Dentre os suspeitos que já foram citados, estão Rogério Andrade, que entrou na lista por tentar construir um bingo clandestino, junto com Ronnie Lessa, um mês após a morte da vereadora do PSOL. Porém, como dito anteriormente, a maior suspeita é de que tenha sido um crime mandado por um político “rival” de Marielle. Dentre os nomes já inspecionados, estão Domingos Brasão e Cristiano Girão.

2. Como Lessa tinha tantas informações sobre a vida de Marielle?

O policial reformado nunca pesquisou o nome de Marielle na internet, de acordo com as investigações. Porém, este tinha informações muito específicas sobre a vida da vereadora, como o horário e o local de suas aulas de inglês, e ainda, um encontro que ela teve com o ex-marido. Isso foi descoberto, devido a pesquisas de localizações que Lessa fez, em uma ordem que faz parecer com que ele estivesse seguindo Franco. 

3. Por que as câmeras de seguraça não foram verificadas?

Um dos principais erros, foi não ter apreendido as câmeras de segurança de comércios e residências da avenida Lucio Costa. Isso porque, de acordo com imagens da rua Quebra-Mar, o carro em que os assassinos estavam quando atiraram no carro de Marielle, veio pela Lucio Costa. Se as câmeras tivessem sido analisadas, seria possível ver o momento em que os atiradores trocaram de carro, o que ajudaria nas investigações.

4. Onde foi parar a arma do crime?

Tanto a polícia, quanto o MP, acreditam que, após ter sido preso, Lessa mandou jogar suas armas fora, e entre elas, estaria a submetralhadora utilizada no crime. Um barqueiro da Barra da Tijuca, afirmou que, um homem havia jogado grandes armas de fogo no mar, de dentro do seu barco, dias depois da prisão de Ronnie Lessa. O MP, acredita que o homem seja Josivaldo Lucas Freitas, cúmplice de Lessa.

 

Foto destaque: A vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. Reprodução/Metrópoles

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