O ex-jogador, Robinho, foi convocado com urgência pela presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, para discutir o cumprimento de pena pelo crime de estupro no Brasil.
O motivo do caráter de urgência se deve ao fato da justiça conseguir um endereço onde o jogador possa ser encontrado. No dia 23 de Fevereiro, a ministra Maria Thereza intimou a procuradoria Geral da República para que descobrissem o endereço de Robinho, para que ele pudesse ser notificado sobre sua convocação, porém o endereço só foi descoberto na última sexta-feira (10), 15 dias após a ordem.
O caso:
Na madrugada do dia 22 de Janeiro de 2013, na Boate Sio Cafe em Milão, Robinho e mais quatro companheiros foram denunciados pelo crime de estúpro coletivo em uma jovem que comemorava o aniversário de 23 anos. O caso acabou sendo deixado de lado por pessoas que acreditavam no jogador, porém, em 2020, o caso voltou à tona por conta de um áudio que foi divulgado pelo Globo Esporte, com trechos onde Robinho debocha da vítima “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”, escreveu.
O jogador nunca confirmou que cometeu o crime. “Meu único erro foi ter traído” declarou, ele foi condenado a 9 anos de prisão na Itália, porém veio ao Brasil, país onde veta a extradição de brasileiros natos.
Robinho (Foto: Reprodução/TNH1)
A alternativa da justiça italiana foi um pedido formal, propondo que o condenado cumpra a pena no Brasil. A solicitação foi enviada ao governo brasileiro no dia 31 de janeiro, por meio de canais diplomáticos. O governo Italiano pede que o caso seja submetido a competente autoridade judiciária brasileira para que autorize, conforme a lei nacional, a execução da pena de nove anos de reclusão infligida a Robson de Souza pela sentença do Tribunal de Milão em data de 23 de novembro de 2017, diz trecho do documento, divulgado pelo ‘Uol’.
Maria Thereza, destacou que o pedido da justiça italiana cumpre os requisitos para que a sentença da Itália seja reconhecida, porém há ainda possibilidade de contestação por parte dos advogados de Robinho. Se houver a contestação, o processo será enviado a um relator integrante da Corte Especial do STJ.
Foto destaque: Robinho. (Reprodução/Na Telinha/UOL)