Na última quarta-feira, 3 de novembro, a Vale comunicou que fez o repasse final do valor estipulado pelo Programa de Transferência de Renda, cujo montante corresponde a R$4,4 bilhões. O depósito tem como objetivo substituir o auxílio emergencial que estava sendo pago aos atingidos desde o acontecimento do crime: o rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho – MG, em janeiro de 2019.
Rompimento da barragem em Brumadinho – MG. (Foto: Reprodução/Vale)
Em fevereiro deste ano (2021) um acordo entre a Vale, o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e o governo do estado mineiro, determinou que a mineradora destine, ao todo, R$ 37,69 bilhões para a reparação dos danos ambientais, econômicos e sociais causados pela tragédia aos municípios de Minas Gerais, entretanto, tal valor não compreende as indenizações individuais que devem ser feitas às vítimas.
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O depósito da quantia (4,4 bilhões) foi pago em duas parcelas pela mineradora, uma no valor de 2 bilhões em 18 de outubro de 2021 e outra parte de 2,4 bilhões, efetuada dez dias corridos após a data anteriormente citada. Os recursos passaram pelas correções monetárias do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e as deduções de custos de operação e os pagamentos emergenciais correspondentes ao período de junho e outubro de 2021.
Os repasses foram feitos uma vez que desde o início do mês de novembro deste ano passaram a valer os novos acordos propostos no Programa de Transferência de Renda, assinado pelas instituições da justiça envolvidas e a multinacional brasileira.
Apesar da realização de parte dos pagamentos ter sido realizada apenas no ano de 2021, – passados mais de dois anos do desastre – em razão dos desdobramentos morosos das partes envolvidas, a empresa alega que tem prestado o apoio necessário às famílias das pessoas atingidas pelo rompimento da barragem de Brumadinho.
Foto destaque: Divulgação/G1