Foi decidida a cassação definitiva do registro profissional do anestesista Giovanni Quintella Bezerra pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), nesta terça-feira (28). Giovanni foi preso em julho de 2022 com a acusação de ter estuprado uma mulher durante o parto enquanto a mesma estava anestesiada.
A decisão foi postada pelo instagram oficial da Cremerj (@cremerjoficial), onde, na publicação, falam sobre dar a penalidade mais severa que pode receber. “A cassação do registro é a penalidade mais alta, de acordo com a legislação vigente. Com isso, Giovanni Quintella Bezerra fica impedido de exercer a medicina no Brasil”.
Anestesista cometendo o crime. (Reprodução/CatracaLivre)
A investigação contra o médico se iniciou quando algumas funcionárias do Hospital da Mulher de Vilar dos Teles o gravaram participando de um procedimento e aproveitando que a paciente estava anestesiada, para penetrar o órgão genital na boca da mulher, enquanto o restante da equipe trabalhava. A ação durou cerca de 10 minutos e, ao terminar o crime, foi identificado que o anestesista pegou um lençol e limpou a boca da vítima.
O vídeo viralizou nas redes sociais e também se apresentou como uma prova do ato. Assim, foi encaminhado para a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), ocasionando na prisão do médico, que precisou responder pelo crime.
Em uma entrevista ao portal Uol, a vítima, que tem a identidade preservada, relatou que Giovani destruiu tudo que a mesma planejou. “Queria falar que tinha algo na minha boca, queria cuspir, mas não conseguia, então engoli achando que era alguma coisa minha“, relatou.
O anestesista está preso no Rio de Janeiro enquanto a Policia Civil continua investigando mais de 40 outros supostos casos de estupro em suas pacientes.
Giovanni se formou pelo Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), em Fluminense, no ano de 2017, e depois concluiu a especialização em anestesia.
Foto destaque: Anestesista sendo preso. (Reprodução/Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos)
