Donald Trump indiciado pela Justiça dos EUA no caso Stormy Daniels

João Grun Por João Grun
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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi indiciado nesta terça-feira (21) pelo caso envolvendo a atriz pornô Stormy Daniels. De acordo com o jornal “The New York Times”, a decisão será anunciada pela promotoria nos próximos dias. O Ministério Público de Nova York já entrou em contato com os advogados de Trump para que ele se entregue na terça-feira e seja indiciado na Suprema Corte Estadual de Manhattan.

Esta é a primeira vez na história que um ex-presidente dos EUA é indiciado na Justiça. Trump fala em interferência eleitoral, pois é um dos pré-candidatos para a nomeação do Partido Republicano para presidente nas eleições de 2024, e fez diversas críticas aos adversários políticos.

Ser indiciado na Justiça dos EUA significa que uma pessoa foi acusada formalmente de um crime por um grande júri ou por um promotor público. O indiciamento é o resultado de uma investigação policial ou do FBI que reuniu evidências suficientes para sustentar a acusação. Ser indiciado não significa que a pessoa é culpada, mas apenas que há motivos para levá-la a julgamento.


Ex-presidente Trump. (Reprodução/ NY Times)


As acusações específicas ainda não são conhecidas, pois a acusação permanece sob sigilo. O pagamento de US$ 130 mil à atriz nas semanas prévias às eleições de 2016, para que ela se mantivesse em silêncio sobre um suposto relacionamento extraconjugal com Trump, não seria ilegal. No entanto, o dinheiro foi justificado como honorário advocatício para um dos advogados de Trump, Michael Cohen, e essa tentativa de esconder a natureza do pagamento pode ser considerada criminosa. Os promotores afirmam que foi uma falsificação de registro comercial e também uma tentativa de esconder uma relação dos eleitores.

Trump afirmou que é vítima de perseguição política e fez críticas ao Partido Democrata e ao promotor do caso, Alvin Bragg. O processo pode durar vários meses e, no prazo mais imediato, são desencadeadas várias etapas, inclusive a determinação de como seria a detenção ou a entrega às autoridades. O Serviço Secreto, encarregado de proteger altos dignatários, coordenará com o escritório do promotor Alvin Bragg para que Trump se apresente ao tribunal sem que sua chegada se transforme em um “espetáculo”. O ex-promotor federal Renato Mariotti espera que Trump “se apresente voluntariamente ao tribunal, tirem suas impressões digitais e o registrem, e que seja posto em liberdade sob fiança”.

Foto em destaque: Trump anuncia sua candidatura para 2024 (Reprodução: Reuters)

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