Nesta última terça-feira (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que as pessoas que tomaram o imunizante da Janssen, até então dose única, precisão tomar uma segunda dose da vacina. O intervalo entre as duas doses deve ser de, no mínimo, dois meses. Já a dose de reforço poderá ser aplicada cinco meses depois de concluir o esquema vacinal.
Ministério da Saúde anunciando segunda dose da Janssen (Foto:Reprodução/Twitter)
“Quem tomou a Janssen completará o esquema vacinal. Embora seja de dose única, compete a nós [Ministério da Saúde] as definições. A pessoa tomará duas doses, em um intervalo de dois meses. A Janssen chegou em junho/julho, então estamos no tempo esperado”, esclareceu a secretária extraordinária do ministério, Rosana Leite de Melo.
Queiroga afirmou que a quantidade de pessoas vacinas com o imunizante da Janssen no Brasil foi pequena e que há doses suficientes para suprir a segunda dose de todos.
“No início, a recomendação era que essa vacina fosse de dose única. Hoje, nós sabemos que é necessária essa proteção adicional. Esses que tomaram a vacina da Janssen vão tomar a segunda dose do mesmo imunizante”, assegurou o ministro. “Lá na frente, a sequência é: completou 5 meses da segunda dose, receberá uma dose de reforço, preferencialmente, com a vacina diferente, uma vacinação heteróloga.”
No entanto, após a declaração, o governo de São Paulo afirmou que não tem estoque da vacina da Janssen e aguarda o Ministério da Saúde decidir quando iniciar essas novas diretrizes. Foi informado que a pasta vai começar a distribuir doses da Janssen em todos os estados e municípios do país a parte da próxima sexta-feira (19).
O ministro também explicou que o ministério não seguirá um calendário por faixa etária para a dose de reforço: “Acima de cinco meses da segunda dose, independentemente da idade, já se pode buscar a sala de imunização”.
Para a dose adicional, o mistério orientou que se use um imunizante diferente do aplicado no esquema vacinal. “É preferencial que a dose adicional seja com uma vacina diferente. No Brasil usamos a Pfizer, mas em um eventual desabastecimento pode ser usada outra plataforma”, esclareceu Queiroga.
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