Foi finalmente suspensa no Brasil a produção da AstraZeneca, vacina atuante contra a covid-19. Desde que o Ministério da Saúde começou a recomendar que o imunizante viesse a ser aplicado como dose reforço em população menor de 40 anos devido o aumento de risco de trombose entre mulheres.
Estudos passados já haviam indicado que o imunizante foi um responsável apontado pela formação de coágulos em alguns pacientes mais jovens, que levou a alguns países da Europa, deixarem de utilizar a vacina em menores de 30 anos.
No Brasil, dentre 40 casos prováveis e confirmados da Síndrome de Trombose, revelados em uma nota técnica do Ministério, 34 dos mesmos tiveram responsabilidade atribuída à doses da vacina AstraZeneca. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que era responsável pela produção do imunizante, não teve seu contrato com o laboratório anglo-sueco renovado para novas produções.
Vacina contra covid-19 (Foto: Reprodução / canaltech)
A OMS (Organização Mundial da Saúde) já havia reforçado que os benefícios da vacinação são maiores em comparação à possíveis efeitos colaterais. Defendendo que “eventos tromboembólicos podem acontecer com frequência (…) o tromboembolismo venoso é a terceira doença cardiovascular mais comum em todo o mundo“, disse a instituição na época.
Ainda em defesa da AstraZeneca, também houve pronunciamento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) apontando que “os dados não apontam alteração no equilíbrio benefício / risco da vacina (…) recomenda a continuidade do seu uso pela população brasileira.”, disse a declaração da Anvisa.
Precauções de especialistas e profissionais da saúde também ao longo da pandemia destacaram que pessoas que tomaram a vacina no inicio da epidemia, não deveriam se preocupar com possíveis efeitos colaterais tardios pois os eventos, além de adversos e raros dependendo de paciente para paciente, apenas acontecem nos primeiros 14 dias depois da vacinação.
Destacando ainda que a vacina não permanece no organismo com o vetor viral sendo eliminado naturalmente dentro do sistema, apenas deixando para trás os anticorpos neutralizantes que dão os efeitos da imunidade e resposta celular.
Foto Destaque: Vacina AstraZeneca (Reprodução / canaltech)