Após a derrota de domingo por 3 a 1 contra o Goiás, na Goiana, o técnico Cuca negou que quisesse rescindir o contrato com o Corinthians para estrear como técnico.
Segundo o ex-jogador Vampeta (hoje comentarista da Rádio Jovem Pan) e a jornalista Joanna de Assis, do Redação sportv, Cuca sugeriria ao presidente do Corinthians, Diulio Monteiro Alves, a rescisão do contrato assinado na última quinta-feira. Os títulos duram até o final da temporada.
“Não é verdade isso. Vou me preparar para quartas”, disse o técnico.
Incomodado com a situação pela qual passou, o profissional diz que quer focar em conquistar torcedores, mas deixou seu futuro com o chefe do departamento de futebol.
Além de parte da torcida, as jogadoras do time feminino do Corinthians também se opuseram à contratação de Cuca. No domingo, todas as atletas postaram uma mensagem que incluía o lema “Respeite as minas” como mais do que palavras vazias.
Frase das Jogadores – (Foto:Reprodução/ge)
Horas depois, Diulio Monteiro Alves disse ter conversado com a seleção feminina por mais de uma hora. Nesta segunda-feira, Adilson Monteiro Alves, pai de Diulio e um dos fundadores do Movimento Democrático Corintiano, defendeu o direito de manifestação das atletas.
Entenda o caso
O presidente Diulio Monteiro Alves escolheu Cuca para o cargo após demitir Fernando Lázaro, mesmo sabendo que o técnico foi condenado em um caso de violência sexual na Suíça em 1987 junto com outros três jogadores quando ainda eram do Grêmio.
Na sexta-feira, algumas torcedoras foram ao CT Joaquim Gravar e protestar. Cuca, que compareceu à sala de imprensa, foi questionado sobre isso e se defendeu: disse que não era predador sexual, não havia tocado na menina (13 anos em 1987), e que foi condenado à revelia, porque estava no Brasil.
Os bastidores do Corinthians disseram acreditar na inocência do treinador. O clube afirma ter estudado o caso antes de assinar.
Foto destaque: Cuca – Reprodução/ge