Mulher vítima de racismo em Salvador filma ofensas ditas pela suspeita

Joana Tchian Por Joana Tchian
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Uma mulher foi vítima de racismo no último domingo (7) em uma loja de conveniências, em Salvador. A vítima filmou o momento do ocorrido, onde a suspeita diz que odeia pessoas pretas. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Pau da Lima e é tratado como injúria racial. A suspeita não foi presa e nem identificada.

Andresa Fonseca, extensionista de cílios, estava sentada em uma mesa na parte de fora da loja, que fica localizada na Av. São Rafael, quando uma mulher se sentou no mesmo local, pedindo para Andressa se retirar porque é uma pessoa negra.

No vídeo registrado pela vítima, a mulher suspeita diz que não se considera branca, mas, sim, “caucasiana” de cabelo liso e sem químicas. Andressa ameaçou ligar para a polícia e a mulher disse que o que mais quer “é que os policiais sejam acionados”, e que não tem medo dos policiais.


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Vídeo retrata momento em que suspeita comete crime de racismo contra uma mulher, em Salvador. Vídeo: Reprodução/Twitter


Ao ligar para a Polícia Militar, através do 190, Andressa conta que foi informada de que o envio de uma viatura até o local não seria possível e que ela deveria realizar um boletim de ocorrência (B.O) em uma delegacia. Porém, em nota, a PM informou que não foi acionada para a ocorrência.

A vítima conta que decidiu filmar as ofensas feitas pela mulher para usar como prova, uma vez que ela estava sozinha com a suspeita no local no momento do crime. Além das duas, a única pessoa que estaria presenciando as ofensas teria sido uma criança que estava vendendo balas no local.

Em entrevista ao G1, a vítima desabafa sobre o constante racismo que as pessoas pretas sofrem diariamente. “A sensação foi de agressão e de rememorar tudo que nós pretos sofremos no dia a dia”, disse.

O boletim de ocorrência foi registrado neste domingo, na Delegacia de Pau da Lima. A unidade irá contar com o auxílio da Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Descriminação (COERCID), segundo a Polícia Civil, para identificar a autora do crime.

Foto destaque: Reprodução/Blog LFG

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