Gerenciamento dos efeitos da idade: entenda como manter uma pele bonita ao longo dos anos

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
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Com a expectativa de vida da população aumentando, é cada vez mais comum que pessoas busquem ajuda médica para conservar a qualidade de vida e uma boa aparência ao longo do tempo, já pensando num futuro para além dos 80 anos de idade. Essa tendência, de acordo com especialistas, só tende a aumentar. O Ministério da Saúde, por exemplo, estima que o Brasil terá a quinta população mais idosa do mundo até 2030.

Nesse contexto, os cuidados com a pele desempenham um papel fundamental. A dermatologista Drª. Juliana Tamanini explica que com bons hábitos e auxílio de alguns recursos terapêuticos modernos, é perfeitamente possível manter uma aparência saudável mesmo em idades mais avançadas. 

O hábito mais importante para a conservação da saúde da pele, de acordo com a Drª. Juliana Tamanini, é o uso diário de filtro solar. “Esse é o primeiro passo para qualquer outro tipo de tratamento que possa ser necessário”, afirma ela.

“Uma vez que você se protege com o uso de filtro solar, você evita que a luz do sol degrade a sua pele. É justamente esse dano que leva ao envelhecimento e à fragilidade da pele a longo prazo”, explica a dermatologista, que também destaca a importância de hábitos saudáveis, como alimentação adequada e prática de atividade física.

Drª. Juliana Tamanini salienta que os cosméticos também podem ser aliados no gerenciamento dos efeitos da idade, mas lembra que eles devem ser usados com cautela. Ela detalha que o termo “cosmético” engloba uma ampla gama de produtos, incluindo tratamentos específicos para diversas condições de saúde da pele, como acne, rosácea e melasma. “O uso desses produtos deve ser orientado por um médico dermatologista, que possui o conhecimento necessário para fazer o diagnóstico da condição da pele e recomendar os melhores tratamentos para cada quadro”, afirma.

Já o momento ideal para iniciar um acompanhamento dermatológico que reduza marcas da idade é ainda na juventude. Segundo Juliana Tamanini. os primeiros planos terapêuticos devem ser estabelecidos quando o paciente tem entre 25 e 30 anos — idade em que os primeiros sinais de envelhecimento começam a aparecer. Com essa abordagem relativamente precoce, é possível prevenir o avanço das marcas do tempo antes que elas se tornem mais graves e difíceis de tratar.

A médica lembra, no entanto, que o dermatologista deve ser consultado desde a infância, pelo menos uma vez ao ano, mesmo na ausência de doenças de pele específicas. Nessas consultas periódicas, o especialista pode analisar pintas e detectar sintomas discretos de doenças que podem ser graves. “Além disso, a pele é o maior órgão do corpo. É importante que ele esteja saudável porque desempenha um papel fundamental na interação com o meio externo”, diz ela.

Quando tratamentos específicos são necessários para restaurar uma boa aparência, médico e paciente podem dispor de uma série de recursos. Atualmente, há uma ampla variedade de tratamentos disponíveis para o gerenciamento da idade, desde tratamentos injetáveis, como toxinas e bioestimuladores, até peelings e tecnologias que atuam de maneira mais profunda ou superficial na pele. Combinando essas abordagens, é possível obter excelentes resultados ao longo do tempo.

Drª. Juliana ressalta, ainda, que saúde e beleza estão intimamente relacionadas — em especial quando falamos da pele. “É natural que o rosto mude com o tempo e isso é até desejável. Mas é muito interessante que uma pessoa de 70 anos mostre a saúde que ela tem naquela idade. O gerenciamento dos efeitos do tempo vem para respeitar seus traços e manter a pele saudável — e uma pele saudável é uma pele bonita”, conclui.

Foto Destaque: Reprodução

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