Reposição hormonal: benefícios X riscos

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
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A reposição hormonal é um procedimento utilizado para restabelecer os níveis adequados de hormônios, como testosterona, estradiol e progesterona, quando o organismo fica incapaz de suprir a própria necessidade dessas substâncias. Por isso, muitas pessoas necessitam de suplementação indicada por especialistas, segundo o médico nutrólogo Ícaro Pereira.

O especialista destaca que tanto causas primárias, como traumas no testículo ou retirada dos ovários, quanto causas secundárias, como envelhecimento e obesidade, podem levar a uma diminuição significativa dos níveis hormonais, resultando em repercussões negativas na qualidade de vida e na saúde do paciente.

Segundo o Dr. Ícaro Pereira, a reposição hormonal não é limitada a um gênero específico. “A reposição hormonal pode ser feita em homens e mulheres de acordo com a indicação individual de cada paciente”. Ele explica que a reposição é recomendada para corrigir deficiências hormonais causadas por envelhecimento, trauma testicular, retirada dos ovários, quimioterapia ou qualquer outra condição que prejudique a produção hormonal adequada.

“Dentre os principais benefícios da reposição hormonal, nós podemos destacar a melhora da disposição, a melhora da energia, a melhora da libido, o aumento da massa muscular, melhora do percentual de gordura”, elenca o especialista. Ele ressalta que a queda hormonal pode afetar negativamente o percentual de gordura, sendo comum observar mulheres na menopausa e homens no envelhecimento apresentarem uma tendência ao acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal.

Quanto aos métodos de reposição hormona, ele destaca o implante hormonal como a estratégia preferida por muitos médicos, devido à sua alta adesão e liberação estável do hormônio ao longo do tempo. Além disso, menciona o uso de creme transdérmico, que é absorvido pela pele, e a forma injetável, que pode ter diferentes frequências de aplicação dependendo das necessidades individuais do paciente. Ele ressalta que o implante hormonal oferece maior comodidade ao paciente, pois não requer aplicação diária ou semanal.

Sobre os riscos para a saúde, o médico reforça a importância de uma avaliação individualizada: “É preciso fazer uma avaliação minuciosa em cada paciente. Nós temos trabalhos científicos mostrando que a reposição hormonal não aumenta a incidência de câncer. Pelo contrário, grupos que fazem reposição hormonal em acompanhamento de 10 anos têm uma incidência de câncer menor do que a população que não faz reposição hormonal.” No entanto, ele ressalta que é necessário descartar a possibilidade de câncer ativo por meio de uma avaliação prévia e adequada antes de iniciar a reposição hormonal.

O Dr. Ícaro Pereira enfatiza que é importante prestar atenção aos sinais e sintomas que podem indicar a necessidade de reposição hormonal, como diminuição da libido, interesse sexual, disposição, vitalidade, fogachos, secura vaginal e dificuldades de sono. Ele aconselha que, ao perceber esses sintomas, o paciente procure ajuda médica para determinar se a reposição hormonal é necessária ou se outras abordagens, como ajustes nutricionais e mudanças no estilo de vida, podem ser mais adequadas.

Foto Destaque: Reprodução

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