Ter filhos modifica o cérebro das mulheres, segundo cientistas

Luana Bruno Por Luana Bruno
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Cientistas afirmam que o cérebro das mulheres cresce e adquire uma maior plasticidade após a gravidez e até mesmo mães e pais que não passaram pelo processo de 9 meses da gestação sofrem mudanças cerebrais depois de adotar uma criança.

Para entender sobre o assunto, Melissa Hogenboom, jornalista científica da BCC, foi atrás e entrevistou diversos especialistas que se dedicaram a estudar os efeitos da maternidade e paternidade no cérebro.

“As drásticas alterações dos níveis hormonais durante a gravidez influenciam o cérebro da mulher, preparando-a para a maternidade”, explicou a professora de psicologia da Universidade de Denver (EUA), Pilyoung Kim “Descobrimos que, nos primeiros meses do período pós-parto, o cérebro das mães aumenta de tamanho.”

“isso parece contradizer diretamente a noção comum do ‘cérebro de grávida’”, disse Kim se referindo a “ideia” que algumas pessoas têm de achar que grávidas são muito esquecidas ou distraídas.


As alterações sofridas no cérebro da mãe durante a gestação podem se manter por anos (Foto:Reprodução/IStock)


Segunda a neurocientista Ann-Maurie de Lange, do hospital universitário de Lausanne (Suíça), essa ideia não é tão incorreta no caso de algumas mulheres. “muitas mulheres sentem que suas funções mentais não são tão boas durante esse período e que sua memória diminui”.

De Lange explica que essa distração talvez seja o cérebro se preparando para outra coisa: a chegada do bebê. “seja talvez porque, durante esse período, o cérebro está se modificando para começar a focar em outra coisa. Existem estudos que demonstram que essas mudanças estão relacionadas a comportamentos maternos, como o apego ao bebê”.

Tanto as duas cientistas quanto outros especialistas identificaram a região chamada de circuito de recompensas (que envolve o córtex pré-frontal) e outras seções menores no centro do cérebro como as regiões em que ocorrem o crescimento estrutural referente a maternidade.

“Se analisarmos do ponto de vista evolutivo, faz sentido que todas as alterações que promovam o cuidado e a proteção da criança sejam benéficas não só para os filhos, mas também para o sucesso da mãe na reprodução”, assegurou de Lange.

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De acordo com a neurocientista, “algumas alterações podem ser revertidas após o parto, mas outras podem persistir durante o período pós-parto e até por vários anos”. Algumas podem chegar a afetar a saúde mental.

Foto destaque: Reprodução/Getty Images

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