Na manhã desde sábado, 08, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tuitou informando que cinco “heróis” estavam voltando para casa e irão “finalmente estar com seus parentes”. A manifestação do mandatário ucraniano diz respeito a libertação de cinco combatentes ucranianos que estavam detidos na Turquia desde maio no ano passado, após a Rússia libertar os mesmo em uma troca de prisioneiros. O acordo era para que os cinco permanecem na Turquia até o fim da guerra, porém, agora o Kremlin alega que a decisão viola acordo mediado pelo presidente turco Recep Tayyip Erdogan.
Os cinco homens que a Turquia libertou fazem parte de um grupo de mais 1.000 combatentes que se renderam em maio do ano passado. Grande parte desses homens fazem parte do Regimento Azov, uma milícia paramilitar ucraniana que atuaram, após serem incorporados nas forças oficiais da Ucrânia, na defesa da usina siderúrgica Azovstal, localizada na cidade de Mariupol. Porém, em setembro, os cinco fizeram parte de uma troca de prisioneiros entre a Rússia e Ucrânia, sendo intermediada pela Turquia, aliada da Rússia. Os termos da troca seria que os libertados ficarem na Turquia até o fim da guerra.
Combatentes ucrânianos libertados. (Reprodução/SERVIÇO DE IMPRENSA PRESIDENCIAL DA UCRÂNIA/Reuters)
Em entrevista ao canal estatal russo RIA Novosti, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov afirmou que “o retorno dos líderes da Azov da Turquia para a Ucrânia nada mais é do que uma violação direta dos termos dos acordos existentes”. Ademais, Peskov disse que a Turquia estaria sofrendo “forte pressão” por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para que mostre sua solidariedade ás vésperas da próxima reunião da cúpula, que irá ocorrer Vilna, na Lituânia, na próxima semana.
A Rússia classifica o Regimento Azov como um grupo terrorista, logo, a liberação do comandante do grupo paramilitar ucraniano, tenente-coronel Denys Prokopenko, do vice, vice, Svyatoslav Palamar, e docomandante da 36ª Brigada de Fuzileiros Navais, Serhiy Volynsky, sem recebrem qualquer prévio aviso por parte dos turcos como dos ucranianos, caracteriza violação direta do acordo, tanto pelo lado da Turquia, quanto pela Ucrânia.
Foto Destaque: O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, fala com os comandantes libertados. Reprodução/SERVIÇO DE IMPRENSA PRESIDENCIAL DA UCRÂNIA/Reuters