Violência sexual infantil aumentou 70% em 2020

Luana Bruno Por Luana Bruno
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Dados de uma pesquisa realizada na região de Jundiaí, em São Paulo, mostraram que a violência sexual infantil aumentou em 70% no ano de 2020. Mas segundo especialistas, acredita-se que o número assustador deve ser ainda maior.

“Pela primeira vez, todo mundo foi obrigado a ficar em casa. A vítima ficou confinada com o agressor. Aquelas que conseguiram ir em busca de ajuda — que são os casos que conseguimos notificar —, venceram o medo de pegar covid. As que não venceram, continuaram sendo violentadas dentro dentro de casa”, explicou a pediatra membro do Núcleo de Estudos sobre Violência contra Crianças e Adolescentes da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Stela Maria Tavolieri de Oliveira.

“O Hospital Universitártio é a unidade de referência para violência infantil da região que, além de Jundiaí, abrange outros seis municípios, totalizando mais de 771 mil habitantes. Antes mesmo da pandemia, já vínhamos sentindo um aumento progressivo. Mas vimos que, em 2020, houve um aumento ‘assombroso’ em termos de violência física. Já no primeiro semestre de 2020, o aumento foi de 100%, se comparado ao segundo semestre de 2019. Já o segundo semestre de 2020 registrou um crescimento de 50% em relação ao primeiro semestre de 2020”, contou Tavolieri. “Sozinha, a violência sexual teve um aumento de 70% em 2020, em relação a 2019”. 


A violência infantil pode causar transtornos mentais pelo resto da vida (Foto:Reprodução/PixaBay)


“No entanto, sabemos que nem todos os casos de violência sexual passam pelo hospital. Muitos são notificados no posto de saúde e vão direto para a delegacia. Por isso, acreditamos que o número de casos ainda seja muito maior”, informou a médica.

A médica explicou que a violência infantil pode ser dividida em quatro tipos: violência física, negligência, violência psicológica e sexual. Segunda ela, para diminuir e conter esses casos, medidas devem ser tomadas urgentemente.

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Para denunciar casos de violência infantil, entre em contato com o Conselho Tutelar ou disque 180.

Foto destaque: Reprodução/G1

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