Manter a mente ativa diminui risco de demência, aponta estudo

Giovanna Barros Por Giovanna Barros
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A revista científica Jama realizou uma pesquisa que mostra que idosos que praticam atividades que estimulam o cérebro têm menos 11% de chances de desenvolver demência.

No estudo, que teve início entre março de 2010 e dezembro de 2014, mais de 10 mil australianos saudáveis e acima de 70 anos foram selecionados para a pesquisa. De acordo com os dados obtidos nesses 10 anos que se passaram, a American Medical Association chegou à conclusão de que as pessoas que assistiam à aulas, usavam o computador e mantinham o hábito da escrita, escrevendo em diários ou cartas por exemplo, possuem 11% a menos de chances de ter demência. As que frequentemente jogam jogos que estimulam o raciocínio, como xadrez, palavras cruzadas, baralho e quebra cabeças têm um risco 9% menor.

Somente no Brasil, em 2021, um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade de Queensland apontam que casos de Alzheimer cresceram 127% no país em 30 anos. De acordo com o mesmo estudo, o Alzheimer é responsável por 7 a cada 10 casos de demência em território brasileiro.

“Esses resultados sugerem que o engajamento no letramento de adultos, arte criativa e atividades mentais ativas e passivas podem ajudar a reduzir o risco de demência na terceira idade”, apontou a pesquisa publicada na revista Jama.

 


Casos de demência crescem cada vez mais (Foto/Reprodução/Greenhouse)


 

Os pesquisadores destacam também que a prática das atividades estimuladoras ainda na infância contribui para que a chance de  ter demência diminua mais, reiterando que a educação infantil é de suma importância, não só para o desenvolvimento social do indivíduo, mas para o mental.

Em todo o mundo, foram registrados 55 milhões de casos de demência em 2022. A pesquisa estima que a demência atinge 10 mil pessoas a mais a cada ano. Entre maio de 2012 e 2022, um levantamento do Estadão apontou que as mortes causadas pela doença no Brasil aumentaram em 107%, chegando a 32,4 mil.

 

Foto Destaque: idoso montando quebra cabeças. Foto: Reprodução/A Mente Maravilhosa

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