Roer as unhas sempre foi um hábito considerado comum por grande parte da população mundial, seja por nervosismo, ansiedade ou em casos mais extremos, um sinal de tricotilomania, que é uma condição que leva as pessoas a responderem o estresse arrancando cabelos ou roendo as unhas. Contudo, esse costume não é benéfico para a saúde e, pensando nisso, especialistas desenvolveram uma estratégia chamada de “Substituição de hábito”, que ajudou cerca de 53% dos participantes de um novo estudo direcionado a essa parcela da população.
O estudo
Publicado esta semana no JAMA Dermatology, o estudo sugeriu aos pacientes que ao invés de morder ou puxar a pele com força, eles podem tocar nela de maneira suave, esfregando de forma leve as pontas dos dedos, a palma da mão ou até a parte de trás do braço, no mínimo duas vezes durante o dia.
Steffen Moritz, principal autor da pesquisa e chefe do grupo de trabalho de neuropsicologia clínica do University Medical Center Hamburg-Eppendorf, na Alemanha, afirmou à NBC News que a principal regra é somente tocar no seu corpo suavemente, contudo, se você está sob o efeito do estresse, pode realizar esses movimentos mais rapidamente, porém, sem aplicar pressão na pele.
Por volta de 5% da população mundial é afetada pelo transtorno do comportamento repetitivo focado no corpo, um tipo de transtorno obsessivo compulsivo e distúrbio que se relacionam. O costume de roer as unhas podem deixar rastros que incomodam e até mesmo criar machucados.
Novo estudo direcionado a pessoas que roem unhas. (Foto: Reprodução/ Blog Golden Cross).
O estudo foi realizado em 268 pessoas. Todos os pacientes eram acometidos pela Tricotilomania. Os integrantes do grupo de controle foram orientados de estariam em uma fila de espera para receber o tratamento, mas receberam ao final da pesquisa. Todavia, o restante das pessoas compreendeu a formação de um costume substituto através de um manual e de um vídeo.
Segundo o artigo publicado, 80% das pessoas no grupo que recebeu o tratamento alegaram satisfação com o mesmo.
Outras técnicas
Esse método ainda está em fase se estudo, contudo, ele pode ser aliado a outras técnicas de comportamento pré-existentes, como o treinamento de reversão de hábito e o desacoplamento, que já são utilizados em pessoas que possuem o transtorno de comportamento repetitivo focado no corpo.
No caso do desacoplamento, a pessoa troca um comportamento por outra coisa que se inicia de maneira semelhante, como levar a mão no rosto, por exemplo, mas ao invés de terminar na boca, se encerra tocando na ponta da orelha. Já o treinamento de reverter o hábito, o paciente se envolve de maneira semelhante, mas em um comportamento diferente.
Foto destaque: Pessoa roendo a unha. Foto: Reprodução/Tua saúde.