Brasil registra maior deflação da história do país

Djanira Luz Por Djanira Luz
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta terça-feira (25) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, teve queda de 0,07% para o mês de julho.

De acordo com informações do IBGE, a retração nos preços da energia elétrica residencial é o principal impacto negativo no resultado da deflação, sendo observada após a incorporação do Bônus de Itaipu, creditadas na fatura de julho.


Supermecado vazio (Foto: Reprodução/Freepik)


Além da energia elétrica residencial (-3,45%), a baixa nos preços do botijão de gás (-2,10%) influenciou também a retração do grupo Habitação (-0,94%).

Atenção para outros itens que tiveram deflação: o gás veicular subiu (0,06%), o óleo diesel (-3,48%) e etanol (-0,70%).

Na terça feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista a jornalistas:

O Brasil está na melhor situação possível, e nós temos tudo para começar um ciclo novo de desenvolvimento, insisto nisso já há uns meses. Espero que a gente tenha mais boas notícias a partir de agosto”.


Explicando sobre Deflação (Vídeo: Reprodução/YouTube/@exame)


Entendendo os impactos deflação na economia

Um produto pode estar com o preço de R$ 10,00 numa segunda-feira e no dia seguinte o consumidor pode encontrar o mesmo produto por R$ 7,00, não sendo considerado como deflação. Deflação ocorre quando vários produtos de diferentes seguimentos surgem com seus preços reduzidos: alimentos, energia doméstica, produtos de limpeza, roupas, calçados etc.

A deflação acontece quando a oferta de produtos e de serviços se torna maior que o consumo. No momento em que a procura está menor que a oferta, os preços sofrem redução na tentativa de atrair compradores. Comumente há mais mercadorias à venda do que consumidores dispostos ou com possibilidade de comprar. Isso ocorre, em geral, quando diminui o montante de dinheiro em circulação.

A redução de preços nem sempre é boa

Apesar de parecer algo que beneficie as pessoas pela estabilização de preços, a deflação sinaliza que houve uma desaceleração no crescimento econômico. Dessa forma, quando o crescimento despenca, pode ocorrer desemprego e, consequentemente, a redução da renda familiar.


 

Feijão-carioca tem preço reduzido (Foto: Reprodução/Freepik) 


Lista de produtos com percentuais de redução

Registro do IBGE sobre famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos das localidades: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, Brasília e Goiânia:

Feijão-carioca (-10,20%)

Óleo de soja (-6,14%)

Leite longa vida (-2,50%).

Carnes de 2,42 autoral

Esta é considerada a maior deflação do país desde 1980, segundo registros do IBGE.

 

Foto Destaque: Energia doméstica tem maior índice de deflação. Reprodução/Freepik

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