A NASA (Agência Espacial Norte-Americana) publicou um artigo na revista Nature, informando que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) encontrou vapor d’água em uma área de formação de planetas rochosos do disco do sistema PDS 70. Esse vapor d’água foi detectado a menos de 100 milhões de milhas (160 milhões de quilômetros) de anos-luz da Terra através do instrumento chamado NIRISS (Near-Infrared Imager and Slitless Spectrograph) do telescópio espacial, que foi projetado para detectar luz infravermelha.
Como conhecemos, a água é essencial para a vida, mas cientistas sempre tiveram dúvidas de como a água se formou na Terra e se os mesmos processos poderiam se formar em exoplanetas rochosos, orbitando em estrelas distantes. Essa foi a primeira vez que foi encontrado água no sistema planetário PDS 70, já conhecido por hospedar dois ou mais protoplanetas. A descoberta é considerada muito importante, pois investiga a região onde os planetas rochosos semelhantes à Terra normalmente se formam.
No entrando, ainda não foi detectado nenhum planeta se formando dentro do disco interno do PDS 70. Os astrônomos veem a matéria-prima dos pequenos grãos de poeira e o vapor d’água como possíveis responsáveis para construção de planetas rochosos; se houver essa formação eles terão água disponível desde o início.
Linhas de emissão de vapor d’água. (Reprodução/NASA, ESA, CSA, J. Olmsted (STScI))
PDS 70
O PDS 70 nada mais é que uma estrela do tipo K; ela é mais fria que o Sol e possui aproximadamente uma idade de 5,4 milhões de anos, sendo uma das mais antigas entre as estrelas com discos formadores de planetas. Isso explica o porquê de a descoberta do vapor d’água ser tão única.
Telescópio Espacial James Webb (JWST)
É um telescópio espacial projetado em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadiana (CSA). Ele foi lançado no espaço em 25 de dezembro de 2021 para responder algumas questões científicas, como: analisar e investigar como se formam as galáxias.
Foto destaque: Estrela PDS 70 e seu disco protoplanetário interno. Reprodução/NASA, ESA, CSA, J. Olmsted (STScI)