O Setembro Amarelo marca o mês da conscientização de uma pauta muito importante na sociedade atual: a prevenção ao suicídio.
Além de ser um período em que muitas campanhas relacionadas à saúde mental são feitas por toda a parte, também é uma data fundamental para a desconstrução de crenças negativas que ainda hoje rondam os transtornos psicológicos.
A origem do movimento
Essa mobilização nacional contra o suicídio no nono mês do ano teve início em 2014, quando o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, surgiu com a ideia.
“Precisamos orientar para conscientizar, prevenir, e no mês de setembro concentramos os nossos esforços e vamos para a prevenção efetiva do suicídio”, explicou Antônio em entrevista para o portal “O Povo”, sobre a importância das campanhas promovidas.
A cor e a escolha do mês para o movimento não são por acaso. Mundialmente, o dia dez de setembro marca o dia da prevenção ao suicídio.
Já a escolha da cor se deu por causa de um adolescente norte-americano que tirou a própria vida, e os pais distribuíram cartas com fitas amarelas (cor do carro do garoto, na época) e frases motivacionais em seu funeral.
Setembro Amarelo (Reprodução/CVV)
Dados
Em território nacional, segundo médicos especializados no tema, antes da pandemia, o Brasil era o país com mais pessoas com problemas de ansiedade e o terceiro em relação a transtornos depressivos.
O grande problema é que muitas pessoas não buscam ou não possuem acesso a tratamentos psicológicos, sejam por meio de terapia ou na busca por um psiquiatra. Em um estudo feito pela Veja, grande parte dos entrevistados disse que busca cuidar da saúde mental através de exercícios e da meditação, o que não é, de fato, tão efetivo quanto um tratamento de verdade.
De acordo com a OMS, o suicídio é a segunda maior causa de morte entre os jovens globalmente. A taxa de mortes em decorrência disso são muito altas, 800 mil casos por ano no mundo e, no Brasil, 14 mil vidas perdidas também anualmente.
Por isso, o Setembro Amarelo tem como objetivo incentivar a busca por ajuda e desmistificar a ideia de que ter problemas é um sinal de “fraqueza”. Como o lema deste ano da campanha diz: “Se precisar, peça ajuda!”.
Foto Destaque: pessoa triste. Reprodução/Green Me