Dois cidadãos moradores de povoado, no nordeste do país, foram detidos após abrirem um buraco na Muralha da China com uso de escavadeira. A intenção dos presos era a de criar um atalho para reduzir o tempo de viagem, de acordo com informações da Televisão Central da China (CCTV).
Ousada modificação em fortaleza
Abrindo buracos com ajuda de uma grande escavadeira, os suspeitos tinham intenção de diminuir o extenso caminho da Muralha da China.
Seguindo as pistas sinalizadas pelas máquinas que foram usadas para a abertura das cavidades, a polícia da província de Shanxi encontrou os responsáveis pela destruição de parte da Grande Muralha. A polícia de Youyo, havia sido alertada sobre os estragos desde 24 de agosto, após investigação, conseguiram chegar até os causadores dos danos.
Pôr do Sol na Grande Muralha da China. (Foto: reprodução/freepik)
A BBC noticiou que os suspeitos foram identificados, sendo um homem, de 38 anos, e uma mulher, de 55 anos. Ambos trabalhavam próximo da localidade danificada. Conforme comunicou a Agência de Notícia Francesa (AFP), durante o interrogatório os dois assumiram o uso de uma escavadeira com o propósito de criar um atalho na muralha para reduzir tempo de viagem. O estrago que fizeram foi notado em diferentes partes da fortaleza.
A Televisão Central afirmou que os danos à muralha do Império do Grande Ming causados pelos suspeitos são “irreparáveis”. “Atualmente, os dois suspeitos foram detidos criminalmente de acordo com a lei e o caso continua a ser investigado”, conforme informa a CCTV.
Proteção contra invasores
A Grande Muralha da China é Patrimônio Mundial da Humanidade. Foi tombada em 8 de dezembro de 1987 pela Unesco e Organização das Nações Unidas para a Educação, para a Ciência e para a Cultura.
A série de fortalezas foi construída com o interesse em comprovar o poder e a força da população chinesa, além servir como proteção ao império contra ataques inimigos. Servia, também, como alfândega, um ponto importante para o comércio, era por onde se controlava a entrada de pessoas e de mercadorias na China.
Segundo registros, determinados trechos da muralha foram arruinados ou demolidos ao longo dos anos, sobretudo, nas áreas rurais afastadas. O jornal “Beijing Times” informou em relatório de 2016 que mais de 30% da Grande Muralha Ming se extinguiu completamente, e apenas 8% dela continua bem preservada.
O caso segue sob investigação.
Foto destaque: Visão ampla da Grande Muralha da China. Reprodução/Freepik